segunda-feira, 23 de junho de 2008

Polícia gaúcha desrespeita direito de manifestação, afirma o deputado Adão Pretto (PT-RS)

O conflito entre a Via Campesina e a Brigada Militar de Porto Alegre (RS), na semana passada, não foi um fato isolado, afirmou hoje (21) o deputado Adão Pretto (PT-RS) em entrevista à Agência Brasil. Para o parlamentar, a polícia gaúcha tem desrespeitado o direito de manifestação dos movimentos sociais.
"A gente pode perceber que o Rio Grande está sendo massacrado por essa Brigada Militar a mando do governo do estado. Não é não [um fato isolado]. É uma coisa orquestrada", afirmou Pretto.
No último dia 11, integrantes da Via Campesina, que se preparavam para realizar manifestação contra a alta dos preços dos alimentos e as suspeitas de corrupção do governo do gaúcho, entraram em conflito com soldados do Batalhão de Choque da Brigada Militar, em Porto Alegre. No episódio, 17 pessoas ficaram feridas e 12 foram presas.
"Na Constituição está previsto que os trabalhadores têm o direto de se manifestar e protestar e esse direito está sendo impedido pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul", acusou o deputado gaúcho.
Na próxima terça-feira (24), a Comissão de Direitos Humanos do Senado realizará audiência pública, em Porto Alegre, para analisar se está havendo desrespeito aos direitos humanos no estado. Serão ouvidos representantes dos movimentos sociais e da polícia gaúcha.

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