O secretário de Formação da CUT nacional, José Celestino Lourenço (Tino), denunciou nesta terça-feira que "no mesmo momento em que as centrais sindicais e a sociedade brasileira entregam ao Congresso Nacional mais de um milhão de assinaturas pela redução da jornada de trabalho, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, faz um projeto de lei para ampliar em 10 horas semanais a carga de trabalho dos profissionais de enfermagem e assistência hospitalar".
"Isso é uma demonstração desta visão tucana que tenta diminuir o papel do Estado. No nosso entender, o caminho é outro: a valorização dos servidores, o fortalecimento da capacidade do Estado de atender a população. Para isso, precisamos ampliar o número de contratados via concurso público. Mas Aécio prefere esticar a jornada e a sobrecarga destes funcionários, que atuam em um serviço essencial e que ao mesmo tempo é estressante e estafante", declarou Tino.
O dirigente cutista lembrou que no Dia Nacional de Mobilização e Luta pela Redução da Jornada sem Redução de Salário, 28 de maio, o movimento sindical mineiro entregou ao secretário do governo estadual, Danilo de Castro, um documento alertando para os imensos prejuízos decorrentes da medida de Aécio. Uma passeata com cerca de mil manifestantes acompanhou os dirigentes sindicais até o Palácio.
"Em Minas Gerais temos uma preocupação específica, no que diz respeito ao artigo 1º do Projeto de Lei 1973/07, que versa sobre o aumento da carga horária de 30 para 40 horas semanais. É sabido que o setor da saúde tem peculiaridades e, por isso mesmo, necessita de jornada diferenciada. Portanto, defendemos a retirada deste artigo", sublinha trecho do documento, assinado pelas seis centrais sindicais.
No dia posterior à mobilização, nenhum jornal da chamada grande imprensa de Minas noticiou o fato. "Esta é uma manifestação inequívoca de que o governo de Minas Gerais tem uma política declarada de blindagem das ações impopulares que comete contra a população. Enquanto isso, tome choque de gestão tucana. Por isso, continuamos com nossa campanha 'Em Minas não se respira liberdade' ", concluiu Tino.
Leonardo@cut.org.br
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