sexta-feira, 6 de junho de 2008

YEDA EM MAUS LENÇÓIS... MAIS UM TUCANO QUE É DEPENADO!

PARLAMENTARES DA CPI ESTÃO PERPLEXOS

Delson Martini diz que vai depor se for convocado

OUÇA GRAVAÇÕES de conversas telefônicas de envolvidos no Caso do Detran, interceptadas pela PF no final do post.



Porto Alegre - Citado em gravações telefônicas durante as investigações da fraude do Detran, o secretário-geral de governo, Delson Martini, disse ontem que se for convocado pela CPI que investiga o golpe que lesou em R$ 44 milhões a autarquia gaúcha, que comparecerá. Parte das audições foram feita ontem pelos parlamentares na Assembléia Legislativa.

O requerimento para a convocação de Martini à CPI deve ser votado na próxima segunda. A maioria dos deputados já indicou que o comparecimento do secretário será fundamental.






Segundo Martini, pela primeira vez seu nome foi citado nas gravações. "Quero reafirmar que, nesses seis meses de investigação, há mais de 40 mil horas de gravações", disse. "Em nenhum momento fui convocado para depor como testemunha ou acusado. Não há motivo nenhum. Não há fato novo. Não aparece nada que justificasse a minha convocação para depoimento", salientou. "O fato de aparecer meu nome citado por terceiros não é minha responsabilidade".

Ontem, no final dos trabalhos da CPI e após audição das conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, durante a Operação Rodin, o deputado Elvino Bohn Gass afirmou que a participação do centro do governo e do secretário no esquema fraudulento havia ficado óbvia. "Os áudios não deixam dúvida da participação política do governo e que a governadora Yeda Crusius sabia de tudo. O pralamentar classificou Maritini como "um leva-e-traz da quadrilha".




Ex-presidente da CEEE, o secretário Martini revelou ter intimidade com o réu e ex-diretor da CEEE, Antônio Dorneu Maciel, com quem conversava seguidamente "sobre a CEEE e sobre política".

Segundo ele, seu nome foi mencionado nas gravações porque Maciel e o ex-presidente do Detran Flávio Vaz Netto queriam marcar uma audiência com a governadora Yeda Crusius.






Conversas telefônicas

1) Lair Ferst, um dos acusados de participação no desvio milionário de verbas do Detran, confirma o recebimento de R$ 498 mil.

2) Ex-presidente do Detran, Flávio Vaz Netto, fala sobre possível início das investigações nas Fundações devido a delegação dessas a Sistemistas.

3) Ex-presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec), Luiz Carlos de Pellegrini, e secretário executivo da Fatec, Silvestre Selhorst, combinam desculpa para escapar de Lair Ferst.

4) Flávio Vaz Netto negocia a divisão de R$ 1,5 milhão.

5) Flávio Vaz Netto e José Otávio falam sobre a ausência de licitação para as terceirizadas e da representação do Ministério Público, sobre início das investigações.

6) Silvestre Selhorst e ex-coordenador do projeto Detran na Fundae, Rubem Höher, falam que Vaz Netto não está satisfeito porque dinheiro não chegou em tempo e negociam percentuais e divisão da contribuição para cada um dos lados.

7) Flávio Vaz Netto e Antônio Dorneu Maciel citam o secretário Delson Martini e se referem à mudança no esquema e dizem que "Flávio vai cumprir o que ela mandar", se referindo a uma mulher.



Nesta última gravação fica claro que o nome de Delson Martini, secretario geral do governo Yeda Crusius, foi citado pelos reus Vaz Netto e Dorneu Maciel. Mais um prova de que Delson precisa sim ir a CPI e prestar esclarecimentos. Vale aquela maxima de quem não deve não teme.

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