Kátia Abreu (DEM-TO) negou ter recebido propina. ''Imagino que a mesma praxe que utilizam no dia-a-dia em comprar pessoas, acham que todo mundo se vende e todas as empresas se prestam a isso. Como isso é normal no grupo Opportunity, eles querem transferir isso para outros grupos. As empresas que ficaram do meu lado foram aparecendo no decorrer do meu discurso" (pela liberação de movimentos de cargas nos portos privados). O líder do DEM, José Agripino Maia, disse que a emenda assinada por Abreu tinha o apoio do partido e rechaçou as acusações de que ela teria recebido propina da OAS: ''A emenda coincide com o que pensa o partido a respeito da livre concorrência.''
Heráclito Fortes pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal), e foi imediatamente atendido por Gilmar Mendes, acesso à íntegra do inquérito da operação. Segundo a petição, pela leitura dos jornais ''constata-se que a Polícia Federal vazou, como aliás sempre faz, os elementos colhidos na investigação com o único e claro escopo de prejudicar a imagem também de outras pessoas, não envolvidas nos fatos em apuração. É o caso do senador ora requerente''. A decisão de Gilmar pode abrir caminho para que o inquérito da Operação Satiagraha saia da primeira instância, onde está sob os cuidados do juiz Fausto De Sanctis (6ª Vara Federal Criminal de SP), e passe para a tutela do próprio STF.
Embora criticando aspectos da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, a oposição até o momento tem se pronunciado contra a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o assunto. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse que o Senado deve revisar leis que tratam de grampos, abuso de autoridade e regulamentação do lobby no Brasil. Heráclito Fortes (DEM-PI) e Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) pediram à PF e ao ministro da Justiça, Tarso Genro, explicações sobre especulações de que seus nomes estão na Satiagraha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário