quinta-feira, 10 de julho de 2008

Jurista questiona concessão de habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas

O jurista Dalmo de Abreu Dallari questionou hoje (10) a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, de conceder habeas corpus <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/07/10/materia.2008-07-10.5624487039/view> ao banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity, um dos presos durante a Operação Satiagraha <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/07/08/materia.2008-07-08.5062368916/view> , da Polícia Federal.

Para Dallari, ao tomar a decisão, o ministro não levou em conta dois aspectos importantes: a necessidade de se proteger as provas e que, para prendê-lo novamente, a Polícia Federal terá que obter novas provas.

"A prisão temporária se dá para impedir que o réu interfira na coleta de provas ou fuja do país, como ocorreu com o banqueiro Salvatore Cacciola. Para voltar a prender os acusados, a Polícia Federal terá de constituir novas provas e pedir nova prisão", explicou Dalmo Dallari.

O jurista esclareceu que a decisão de conceder o habeas corpus não foi do plenário do STF, mas sim um posicionamento individual do ministro Gilmar Mendes. Dallari afirmou que o presidente do STF pode tomar essa decisão sozinho, uma vez que a Corte está em recesso.

O jurista também disse ter estranhado as críticas de Gilmar Mendes sobre a ação da Polícia Federal. Para o presidente do STF, houve "espetacularização das prisões <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/07/08/materia.2008-07-08.9460768587/view> ". Na avaliação de Dalmo Dallari, essa manifestação não chegou a ser um pré-julgamento, mas a "atitude fugiu do perfil que se espera do Judiciário".

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, Daniel Dantas foi solto na manhã de hoje.

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