Para Dallari, ao tomar a decisão, o ministro não levou em conta dois aspectos importantes: a necessidade de se proteger as provas e que, para prendê-lo novamente, a Polícia Federal terá que obter novas provas.
"A prisão temporária se dá para impedir que o réu interfira na coleta de provas ou fuja do país, como ocorreu com o banqueiro Salvatore Cacciola. Para voltar a prender os acusados, a Polícia Federal terá de constituir novas provas e pedir nova prisão", explicou Dalmo Dallari.
O jurista esclareceu que a decisão de conceder o habeas corpus não foi do plenário do STF, mas sim um posicionamento individual do ministro Gilmar Mendes. Dallari afirmou que o presidente do STF pode tomar essa decisão sozinho, uma vez que a Corte está em recesso.
O jurista também disse ter estranhado as críticas de Gilmar Mendes sobre a ação da Polícia Federal. Para o presidente do STF, houve "espetacularização das prisões <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/07/08/materia.2008-07-08.9460768587/view> ". Na avaliação de Dalmo Dallari, essa manifestação não chegou a ser um pré-julgamento, mas a "atitude fugiu do perfil que se espera do Judiciário".
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, Daniel Dantas foi solto na manhã de hoje.
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