A Operação Toque de Midas, deflagrada hoje pela Polícia Federal e que apura denúncias de irregularidades em empresas de Eike Batista, está relacionada a suposta fraude em um processo licitatório de concessão de uma jazida de minério e uma estrada de ferro no Estado do Amapá, além de suspeitas de desvio de ouro lavrado e sonegação de impostos.
Segundo nota oficial da Polícia Federal em Macapá (AP), trata-se de uma estrada que liga os municípios amapaenses de Serra do Navio e Santana e é utilizada no transporte de minério para o Porto de Santana, às margens do Rio Amazonas. A PF cumpre nesta operação 12 mandados de busca e apreensão - um deles na casa do empresário Eike Batista no Rio de Janeiro e outros em escritórios de suas empresas nos Estados de Minas Gerais, Amapá e Pará.
A operação tem por objetivo confirmar indícios de direcionamento na licitação, que teria favorecido empresas do grupo de Batista, permitindo que vencessem a concorrência. Teria havido, segundo a informação oficial, um "ajuste prévio de cláusulas" em favor das empresas do grupo. As irregularidades teriam começado já no processo de habilitação das empresas que se candidataram a participar da licitação. A manobra teria sido feita de forma a afastar da disputa outras empresas interessadas na concessão da estrada de ferro.
O nome da operação - "Toque de Midas" - é uma referência à lenda do Rei Midas, da Grécia, do qual se dizia que todas as coisas em que ele punha a mão se transformavam em ouro.
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