quinta-feira, 7 de agosto de 2008

JEITO TUCANO DE GOVERNAR NO RS: YEDA CRUSIUS

Oposição a Yeda pede novo depoimento de Ferst, no RS

"Parlamentares gaúchos estranharam o silêncio da governadora com relação à entrevista que Ferst deu ao jornal, segundo a assessoria de imprensa da Assembléia Legislativa. O deputado Gilmar Sossella (PDT) manifestou sua preocupação diante das afirmações do empresário e disse que aguarda uma "resposta imediata e convincente do Palácio". Raul Carrion (PCdoB) também cobrou respostas de Yeda para as acusações de Ferst e disse querer saber detalhes sobre a negociação de Ferst com o MP e com a Justiça para uma "delação premiada".

A oposição à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, deve pedir ao Ministério Público e à Polícia Federal um novo depoimento do empresário Lair Ferst, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Ferst, que atuava como lobista e arrecadador de recursos para o PSDB gaúcho, é acusado de ser um dos líderes da fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran.

O empresário deu uma entrevista ao jornal na última quarta-feira (6), na qual responsabilizou a governadora pela fraude e disse que outros membros do alto escalão do governo gaúcho também estariam envolvidas e não teriam sido investigadas. De acordo com ele, houve uma decisão política do governo em trocar prestadores de serviços do Detran, o que permitiu reestruturar o esquema de desvio em maio de 2007.

"É público e notório que houve o envolvimento da governadora nesse processo (da troca de fundações)", disse Ferst, que até então procurara não envolver Yeda no caso, inclusive negando qualquer proximidade com ela. O "abandono" que sofreu por parte dos tucanos também seria um dos motivos da decisão de envolver a governadora, relata a matéria da Folha.

"Ele tem de ser ouvido com urgência pelo Ministério Público ou pela PF. Se não disser quem são as dez pessoas, inclusive do alto escalão do governo, deve ser preso", disse o deputado Elvino Bohn Gass (PT) ao jornal.

O empresário negocia com o Ministério Público Federal e com a Justiça implicar cerca de dez nomes de integrantes e ex-integrantes do primeiro escalão do governo gaúcho, além de pessoas com foro privilegiado, em troca da retirada de parte das acusações contra ele. Ferst é réu em ação criminal com outras 39 pessoas. Ele responde, entre outras acusações, por corrupção ativa e extorsão.

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