Com um estilo discreto e avesso a polêmicas, postura que já lhe valeu o apelido de "picolé de chuchu" --algo insosso, sem graça--, o candidato a prefeito Geraldo Alckmin (PSDB) ganhou nesta sexta-feira uma alcunha mais simpática: foi chamado de "bossa nova", ritmo que inovou a música brasileira há exatos 50 anos. O apelido foi dado por Maristela Kubitschek, filha do ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), considerado o "presidente bossa nova".
Filha de Juscelino deseja que Alckmin seja "prefeito bossa nova"
Na época, o apelido dado a Juscelino foi uma referência ao espírito moderno que seu governo pretendia imprimir ao país. A expressão "bossa nova", no fim da década de 50, representava qualquer atitude ou manifestação identificada com o novo e o moderno.
"Ele tem uma caminhada muito parecida com a de Juscelino", afirmou a filha do ex-presidente, ressaltando o fato de ambos terem abandonado a medicina para entrar para a política.
Após falar das semelhanças entre os dois políticos, Maristela lembrou o apelido de seu pai para estendê-lo a Alckmin. "Eu quero ver o prefeito bossa nova para São Paulo", emendou.
No encontro, em uma esquina da avenida que leva o nome do pai de Maristela, Alckmin recebeu um livro sobre a gestão de Juscelino na prefeitura de Belo Horizonte.
Também ganhou de presente um quadro com uma foto do ex-presidente na inauguração de uma hidrelétrica em Minas. A foto foi dada a Alckmin pelo deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), afilhado de Juscelino.
A foto, segundo Alckmin, será colocado em seu escritório político, na avenida Nove de Julho.
Maristela é arquiteta e filiada ao PSDB. Ela foi candidata à vice-governadora do Rio de Janeiro em 2006, na chapa encabeçado por Eduardo Paes --que concorre neste ano à Prefeitura do Rio, agora pelo PMDB.
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