Depois de ter sido ameaçada de expulsão do país pelo presidente Rafael Correa na semana passada, andaram dizendo que a Odebrecht e o governo do Equador chegaram a um acordo na madrugada de hoje depois de intensas negociações. Faltava, no entanto, que o acordo fosse assinado pelas duas partes.
Apesar de a imprensa local confirmar o acordo, assim como a própria Odebrecht, as conversas desandaram. Rafael Correa baixou um decreto embargando os bens da Odebrecht e proibindo que os seus funcionários deixem o país.)
No centro da terra
No centro da discórdia está a hidrelétrica de San Francisco, construída pela empreiteira brasileira (em consórcio com a Alston) e a primeira usina do mundo inteiramente subterrânea. Inaugurada no ano passado, a usina está parada há mais de um mês. Há suspeitas de danos estruturais na obra, que custou quase 300 milhões de dólares.
Indenização de milhões
A Odebrecht pagará ao governo do Equador uma indenização (estima-se que de cerca de 15 milhões de dólares) e terá que refazer a obra.
Correa chegou a dizer palavras nada gentis sobre a Odebrecht: “Estes senhores têm sido corruptos e corruptores. Compraram funcionários do estado”.
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