O diretor do Curso Master em Jornalismo e Gestão de Empresas de Comunicação do
Instituto Internacional de Ciências Sociais <http://www.masteremjornalismo.org.br/> ,
em parceria com a Universidade de Navarra, na Espanha, o professor Carlos Alberto Di Franco, disse nesta sexta (17/10) que a mídia televisiva transformou Lindemberg Fernandes Alves - que manteve a ex-namorada refém e uma amiga, em São Paulo - numa "estrela midiática", ao transmitir
entrevistas <http://www.comunique-se.com.br/conteudo/newsshow.asp?op2=&op3=&editoria=8&idnot=48993>
com ele.
Di Franco deu a declaração antes que, neste fim de tarde, Alves tenha sido preso e as duas jovens baleadas, segundo a Folha OnLine. O professor se referia às entrevistas dadas pelas emissoras Rede TV!, Record e Globo com o jovem Lindemberg Fernandes Alves, durante os quatro dias de seqüestro.
"Tudo isso vai dando a ele (Lindemberg) uma sensação de protagonismo, de importância, que transforma um ser humano que está em contravenção penal em uma estrela midiática", afirmou o professor e colunista do jornal O Estado de S.Paulo.
Segundo Di Franco, o "espetáculo" que o jornalismo televisivo promove, "com destaque para a TV Record", poderia influenciar os "sentimentos" e as "ações" do jovem. Para o professor, Lindemberg é um rapaz imaturo que poderia ser levado pela turbulência das emoções.
O "show" que o diretor do Curso Master de Jornalismo se refere se dá, segundo ele, por um mecanismo natural do meio. Para o professor, na TV, a emoção é maior, o que aumenta o sentido de responsabilidade e ética da emissora e da programação. "Não estamos transmitindo uma ficção, estamos falando de vidas. Uma grande manchete não vale uma vida. É o que sempre digo", afirmou Di Franco.
A Rede Record disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Mídia impressa
Para o colunista do Estadão, a mídia impressa está fazendo um bom trabalho sobre o caso. "É uma cobertura contida, correta", disse.
Seqüestro: como cobrir?
O professor Carlos Alberto Di Franco defende que, em casos de seqüestro, não haja nenhuma menção pela mídia, desde que não seja de domínio público, mesmo em casos de seqüestros envolvendo líderes de Estado e pessoas públicas. Quando o caso passa a ser noticiado, Di Franco sugere prudência: "Precisamos diminuir qualquer grau de emoção que possa colocar em risco a vida do seqüestrado", afirmou.
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