"Volatilidade se deve à farra fiscal e à ausência de reformas", avalia Brasília (9 de outubro) -
O presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES), afirmou nesta quinta-feira que a forte oscilação do dólar no Brasil - que fechou ontem cotado a R$ 2,28 - se deve não apenas à crise mundial do crédito, mas à "imperícia" do governo Lula em dar prosseguimento à agenda de reformas iniciada na gestão Fernando Henrique Cardoso.
(ANTES a BOA situação FINANCEIRA DO PAÍS, era atribuída ao PROSSEGUIMENTO da política do COISA RUIM FHC, segundo o mesmo PSDB)
PÃO CARO
Na última segunda-feira, o dólar comercial já havia fechado em alta de 7,42%, cotado a R$ 2,192. A variação foi a maior dos últimos nove anos. "Essa volatilidade do dólar se deve à imprudência da administração do PT, que não promoveu as reformas necessárias ao país, além de praticar uma política fiscal irresponsável", criticou.
Vellozo Lucas também reprovou a demora da atual gestão em adotar medidas para amenizar o efeito da turbulência internacional e disse que os maiores prejudicados, no Brasil, são os trabalhadores mais carentes. Exemplo disso, segundo o parlamentar, é o aumento de 25% no preço do trigo nos últimos 30 dias, que deverá ser sentido pelo consumidor já na próxima semana: o preço do pão deve subir 15%; o do macarrão, 20%; e o dos biscoitos, 15%.
"O governo agiu com imprudência ao se achar imune à crise. E agora, quem paga o pato por essa postura é o brasileiro mais pobre, que sofre com o encarecimento dos bens básicos", protestou. Segundo ele, o país desperdiçou o período de bonança internacional para fazer investimentos em infra-estrutura e, agora, está de mãos atadas diante de um grave colapso mundial. "Em vez de investir no país, eles preferiram se gabar pela melhoria nas condições de vida da população, fruto da estabilidade plantada na era FH", lembrou.
Na avaliação do tucano, o Planalto deveria acabar com a "gastança" e cortar despesas para reduzir os efeitos negativos da crise. "O governo precisa reduzir a proporção do gasto corrente em relação ao Produto Interno Bruto, sinalizando para o mercado que há uma situação fiscal saudável. Dessa forma, serão evitados ataques especulativos", propôs.
Vellozo Lucas aconselhou ainda o presidente da República a parar de fazer "piadas" perante a turbulência internacional. Ele lembrou declaração recente do chefe do Executivo segundo a qual o impacto da crise seria igual a "marola" no Brasil. "É preciso que o governo pare de fazer gracinhas com essa situação", sugeriu.
Por fim, o tucano sugeriu "cautela" aos brasileiros e afirmou que não é hora de se contrair novas dívidas. "É necessário prudência para que a população não se endivide. O consumidor não pode cair no canto da sereia dos créditos consignados e comprometer o seu salário na aquisição de automóveis e de outros bens duráveis", disse. Fonte: Agência Tucana
Nenhum comentário:
Postar um comentário