Briga de polícia: violência de Serra leva caos às ruas de SP
A polícia se enfrentou nesta quinta (16) na zona sul da capital paulista. Mais de três mil policiais civis, em greve há um mês, foram violentamente reprimidos pela Tropa de Choque ao se aproximarem do Palácio dos Bandeirantes em busca de diálogo com o governador José Serra (PSDB). Só o Hospital Albert Einstein informou que já atendeu 12 feridos pelo confronto. Em apoio aos colegas, policiais fecharam delegacias nesta tarde. O governador foge e culpa partidos de oposição pela crise na segurança.
João Batista Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia de São Paulo, afirmou que "jogaram polícia contra polícia". Segundo ele, policiais militares "atiraram bombas de gás lacrimogêneo, pimenta. Não estamos armados e [estamos] sendo tratados com insensatez", argumentou.
O confronto
Por volta das 16 horas desta quinta, os policiais grevistas chegaram na Rua Padre Lebret, no Morumbi. Um grupo que seguia em passeata forçou a passagem por uma primeira barreira formada pelos policiais militares e, a partir daí, iniciou-se o confronto.
Foram lançadas inúmeras bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e pimenta, além de balas de borracha sobre a multidão. Com a chuva dos artefatos o grupo de manifestantes recuou. Carros das equipes de forças especiais da Polícia Militar (PM) foram estacionados em um cruzamento para formar outra barreira, mais compacta, contra o avanço da passeata.
Após o retorno dos manifestantes, carros de equipes da Polícia Civil se aproximaram para a região onde foi feito o bloqueio. Após cerca de 10 minutos de tensão, com mais arremessos de bombas de efeito moral, o grupo de manifestantes se aproximou da barreira e tentava novamente avançar. Por volta das 16h18, novamente foram arremessadas novas bombas de efeito moral para dispersar o grupo.
Os manifestantes pretendiam seguir em direção à sede do governo de São Paulo. No caminho, grupamentos de policiais militares continuam em prontidão. Há barreiras formadas por PMs da Força Tática, da Tropa de Choque e da Cavalaria.
Feridos em vários hospitais
A assessoria do Albert Einstein enviou nota confirmando que, até as 18 horas, foram recebidas em seu pronto atendimento 12 pessoas vítimas da confusão. O quadro de saúde dos pacientes é estável e uma das vítimas já havia sido liberada no horário. O Hospital Itacolomy recebeu cinco pessoas e o Hospital Universitário, um ferido.
O Hospital São Luiz disse que atendeu cinco policiais civis na unidade do Morumbi. Quatro deles foram atendidos, medicados e receberam alta: um homem de 34 anos com escoriações na face; outro de 49 anos com ferimentos superficiais na coxa e no braço esquerdos; um policial de 44 anos com queimaduras de 1º e 2º graus na mão direita e na face e um homem de 43 anos com queimaduras de 3º grau na região abdominal.
Um policial de 30 anos teve fratura exposta em um dedo da mão direita, além de sofrer escoriações na mão esquerda. Ele fez exames e foi transferido para outro hospital.
O Palácio dos Bandeirantes informou que um dos feridos é um coronel que participava da negociação entre os manifestantes. Ele teria sido atingido por um disparo na perna e foi levado, ainda segundo o Palácio, para o Albert Einstein.
Outro ferido identificado foi o cinegrafista da Record, Flávio Roderley. Ele foi atingido por três balas de borracha. De acordo com a assessoria de imprensa da emissora, ele também foi atendido pelo Albert Einstein e passa bem.
Em nota, o governo do estado diz que "o confronto começou no momento em que o comando grevista aceitou proposta do governo de enviar um representante ao local onde estava concentrada a manifestação para receber um documento com a posição dos manifestantes".
Palácio intocável
Não é a primeira vez que uma manifestação é impedida de chegar ao Palácio. Desde que Serra tomou posse, sucessivas manifestações foram violentamente impedidas de chegar à sede do governo. A última, ocorrida durante a ocupação da reitoria da USP por estudantes, também foi impedida pela Tropa de Choque de chegar ao Palácio dos Bandeirantes.
Por meio de nota, o governo do estado informou nesta quinta que as vias públicas situadas ao redor do Palácio dos Bandeirantes são consideradas área de segurança. "Por esse motivo, todas as manifestações populares programadas para esses locais são obrigatoriamente desviadas para áreas próximas, que não se encontram na zona delimitada pela resolução, que abrange as avenidas Morumbi e Giovanni Gronchi e as ruas Combatentes do Gueto, Rugero Fazzano e Padre Lebret".
Caos nas ruas
O trânsito esteve bastante complicado na região do Estádio do Morumbi. Ruas em volta da Praça Roberto Gomes Pedrosa e travessas das avenidas Giovanni Gronchi e Morumbi foram parcialmente bloqueadas pela Tropa de Choque.
O acesso aos hospitais Albert Einstein e São Luiz estavam prejudicados. No horário do confronto começou a chover fraco na região, o que agravou as condições do tráfego. Os motoristas parados no local, sem orientação de trânsito, reclamavam e tinham dúvidas sobre que trajeto seguir.
O presidente do Sindicato dos Investigadores, João Rebouças Neto, reagiu às reclamações pelo protesto, “a medida é necessária; é preciso entender que, como a polícia defende a população, foi necessário chegar a esse ponto para melhorar as condições de trabalho".
Ele afirma que o sindicato tenta desde o mês de fevereiro entrar em contato com o governador. Segundo Rebouças, Serra não quer recebê-los e justifica que não tem dinheiro. Os policiais civis pedem 15% de reajuste salarial em 2008 e 12% para 2009 e 2010.
A Associação dos Delegados de Polícia Civil de São Paulo (Adpesp) informou que no início da noite desta quinta os policiais deixavam as delegacias para seguir ao Palácio. O objetivo é prestar solidariedade aos colegas que participam da manifestação na zona sul.
Em entrevista, o governador disse que a informação sobre as delegacias não procede e que tudo está sob controle. Porém, a população desconfia do governo que é carcaterizado pelo incompetência na segurança.
Em 2006, após o então governador Geraldo Alckimin (PSDB) se licenciar para disputar as eleições presidenciais, o estado viveu dias de pânico e terror com os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital), que parou a capital paulista por quase dois dias num toque de recolher dado pelo crime organizado no estado.
Serra foge e acusa oposição
O governador José Serra acusou a manifestação dos policiais civis de ter cunho "político-eleitoral" em entrevistas à imprensa nesta quinta. “Estão tirando proveito eleitoral”, disse o governador ao indicar a CUT e a Força Sindical, o PT e o PDT, pela responsabilidade do confronto.
Serra afirmou que deputados participaram da manifestação com interesse eleitoral. Ele justificou a ação da Polícia Militar e disse que eles estavam lá para dissuadir os manifestantes e "evitar o uso da força". "Tem manipulação política", insistiu Serra que apóia o candidato do DEM, e atual prefeito Gilberto Kassab para a prefeitura da capital.
O coordenador da campanha de Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo, deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), refutou as acusações de Serra sobre "motivações eleitorais" por trás do confronto. Ele enfatizou que a campanha salarial dos policiais civis já dura mais de um mês e a eclosão do confronto, a dez dias do segundo turno, não tem relação com a eleição. "É um movimento sindical", disse Zarattini.
O presidente do PT em São Paulo, José Américo Dias, disse que o governador tenta de forma "oportunista" jogar nas "costas do PT um problema que ele causou". "Ele ganhou o governo com perspectiva de melhorar os salários, mas ao contrário disso o que ele fez foi trair suas promessas de candidato. Agora, diante da greve que já dura mais de 30 dias, ele tenta tirar o corpo fora e politizar a questão", afirmou.
Dias disse que os deputados que estavam presentes na manifestação são do PDT, PV e PT e participaram do ato porque apóiam o movimento. "Ele (Serra) precisa aprender a lidar com a democracia e parar criminalizar os movimentos sociais, mais uma vez." E emendou: a convivência com o PFL (o DEM) está fazendo muito mal a ele. Está transformando ele em uma pessoa autoritária."
Entenda a greve da Polícia Civil de SP
Os policiais civis entraram em greve por tempo indeterminado dia 16 de setembro. O movimento atinge delegados, investigadores, escrivães e peritos, que pedem aumento de salário e melhores condições de trabalho.
Os policiais civis pedem 15% de reajuste salarial em 2008 e 12% para 2009 e 2010. O governo propõe aumento linear de 6,2% a policiais civis da ativa, aposentados e pensionistas; aposentadoria especial; reestruturação das carreiras com a eliminação da 5ª classe e a transformação da 4ª classe em estágio probatório; e a fixação de intervalos salariais de 10,5% entre as classes.
Segundo a orientação da cartilha da greve, devem ser registrados apenas casos de flagrantes, captura de procurados e homicídios. As diligências referentes a investigações devem ser feitas apenas se forem inadiáveis. A cartilha, entretanto, ressalta o uso do bom senso na triagem dos casos.
A Polícia Civil já havia entrado em greve em 13 de agosto, reivindicando aumento salarial de cerca de 60%. O movimento foi suspenso na mesma tarde após uma reunião conciliatória entre representantes de sindicatos e associações da categoria e do governo estadual no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região.
http://www.vermelho.org.br/
A polícia se enfrentou nesta quinta (16) na zona sul da capital paulista. Mais de três mil policiais civis, em greve há um mês, foram violentamente reprimidos pela Tropa de Choque ao se aproximarem do Palácio dos Bandeirantes em busca de diálogo com o governador José Serra (PSDB). Só o Hospital Albert Einstein informou que já atendeu 12 feridos pelo confronto. Em apoio aos colegas, policiais fecharam delegacias nesta tarde. O governador foge e culpa partidos de oposição pela crise na segurança.
João Batista Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia de São Paulo, afirmou que "jogaram polícia contra polícia". Segundo ele, policiais militares "atiraram bombas de gás lacrimogêneo, pimenta. Não estamos armados e [estamos] sendo tratados com insensatez", argumentou.
O confronto
Por volta das 16 horas desta quinta, os policiais grevistas chegaram na Rua Padre Lebret, no Morumbi. Um grupo que seguia em passeata forçou a passagem por uma primeira barreira formada pelos policiais militares e, a partir daí, iniciou-se o confronto.
Foram lançadas inúmeras bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e pimenta, além de balas de borracha sobre a multidão. Com a chuva dos artefatos o grupo de manifestantes recuou. Carros das equipes de forças especiais da Polícia Militar (PM) foram estacionados em um cruzamento para formar outra barreira, mais compacta, contra o avanço da passeata.
Após o retorno dos manifestantes, carros de equipes da Polícia Civil se aproximaram para a região onde foi feito o bloqueio. Após cerca de 10 minutos de tensão, com mais arremessos de bombas de efeito moral, o grupo de manifestantes se aproximou da barreira e tentava novamente avançar. Por volta das 16h18, novamente foram arremessadas novas bombas de efeito moral para dispersar o grupo.
Os manifestantes pretendiam seguir em direção à sede do governo de São Paulo. No caminho, grupamentos de policiais militares continuam em prontidão. Há barreiras formadas por PMs da Força Tática, da Tropa de Choque e da Cavalaria.
Feridos em vários hospitais
A assessoria do Albert Einstein enviou nota confirmando que, até as 18 horas, foram recebidas em seu pronto atendimento 12 pessoas vítimas da confusão. O quadro de saúde dos pacientes é estável e uma das vítimas já havia sido liberada no horário. O Hospital Itacolomy recebeu cinco pessoas e o Hospital Universitário, um ferido.
O Hospital São Luiz disse que atendeu cinco policiais civis na unidade do Morumbi. Quatro deles foram atendidos, medicados e receberam alta: um homem de 34 anos com escoriações na face; outro de 49 anos com ferimentos superficiais na coxa e no braço esquerdos; um policial de 44 anos com queimaduras de 1º e 2º graus na mão direita e na face e um homem de 43 anos com queimaduras de 3º grau na região abdominal.
Um policial de 30 anos teve fratura exposta em um dedo da mão direita, além de sofrer escoriações na mão esquerda. Ele fez exames e foi transferido para outro hospital.
O Palácio dos Bandeirantes informou que um dos feridos é um coronel que participava da negociação entre os manifestantes. Ele teria sido atingido por um disparo na perna e foi levado, ainda segundo o Palácio, para o Albert Einstein.
Outro ferido identificado foi o cinegrafista da Record, Flávio Roderley. Ele foi atingido por três balas de borracha. De acordo com a assessoria de imprensa da emissora, ele também foi atendido pelo Albert Einstein e passa bem.
Em nota, o governo do estado diz que "o confronto começou no momento em que o comando grevista aceitou proposta do governo de enviar um representante ao local onde estava concentrada a manifestação para receber um documento com a posição dos manifestantes".
Palácio intocável
Não é a primeira vez que uma manifestação é impedida de chegar ao Palácio. Desde que Serra tomou posse, sucessivas manifestações foram violentamente impedidas de chegar à sede do governo. A última, ocorrida durante a ocupação da reitoria da USP por estudantes, também foi impedida pela Tropa de Choque de chegar ao Palácio dos Bandeirantes.
Por meio de nota, o governo do estado informou nesta quinta que as vias públicas situadas ao redor do Palácio dos Bandeirantes são consideradas área de segurança. "Por esse motivo, todas as manifestações populares programadas para esses locais são obrigatoriamente desviadas para áreas próximas, que não se encontram na zona delimitada pela resolução, que abrange as avenidas Morumbi e Giovanni Gronchi e as ruas Combatentes do Gueto, Rugero Fazzano e Padre Lebret".
Caos nas ruas
O trânsito esteve bastante complicado na região do Estádio do Morumbi. Ruas em volta da Praça Roberto Gomes Pedrosa e travessas das avenidas Giovanni Gronchi e Morumbi foram parcialmente bloqueadas pela Tropa de Choque.
O acesso aos hospitais Albert Einstein e São Luiz estavam prejudicados. No horário do confronto começou a chover fraco na região, o que agravou as condições do tráfego. Os motoristas parados no local, sem orientação de trânsito, reclamavam e tinham dúvidas sobre que trajeto seguir.
O presidente do Sindicato dos Investigadores, João Rebouças Neto, reagiu às reclamações pelo protesto, “a medida é necessária; é preciso entender que, como a polícia defende a população, foi necessário chegar a esse ponto para melhorar as condições de trabalho".
Ele afirma que o sindicato tenta desde o mês de fevereiro entrar em contato com o governador. Segundo Rebouças, Serra não quer recebê-los e justifica que não tem dinheiro. Os policiais civis pedem 15% de reajuste salarial em 2008 e 12% para 2009 e 2010.
A Associação dos Delegados de Polícia Civil de São Paulo (Adpesp) informou que no início da noite desta quinta os policiais deixavam as delegacias para seguir ao Palácio. O objetivo é prestar solidariedade aos colegas que participam da manifestação na zona sul.
Em entrevista, o governador disse que a informação sobre as delegacias não procede e que tudo está sob controle. Porém, a população desconfia do governo que é carcaterizado pelo incompetência na segurança.
Em 2006, após o então governador Geraldo Alckimin (PSDB) se licenciar para disputar as eleições presidenciais, o estado viveu dias de pânico e terror com os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital), que parou a capital paulista por quase dois dias num toque de recolher dado pelo crime organizado no estado.
Serra foge e acusa oposição
O governador José Serra acusou a manifestação dos policiais civis de ter cunho "político-eleitoral" em entrevistas à imprensa nesta quinta. “Estão tirando proveito eleitoral”, disse o governador ao indicar a CUT e a Força Sindical, o PT e o PDT, pela responsabilidade do confronto.
Serra afirmou que deputados participaram da manifestação com interesse eleitoral. Ele justificou a ação da Polícia Militar e disse que eles estavam lá para dissuadir os manifestantes e "evitar o uso da força". "Tem manipulação política", insistiu Serra que apóia o candidato do DEM, e atual prefeito Gilberto Kassab para a prefeitura da capital.
O coordenador da campanha de Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo, deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), refutou as acusações de Serra sobre "motivações eleitorais" por trás do confronto. Ele enfatizou que a campanha salarial dos policiais civis já dura mais de um mês e a eclosão do confronto, a dez dias do segundo turno, não tem relação com a eleição. "É um movimento sindical", disse Zarattini.
O presidente do PT em São Paulo, José Américo Dias, disse que o governador tenta de forma "oportunista" jogar nas "costas do PT um problema que ele causou". "Ele ganhou o governo com perspectiva de melhorar os salários, mas ao contrário disso o que ele fez foi trair suas promessas de candidato. Agora, diante da greve que já dura mais de 30 dias, ele tenta tirar o corpo fora e politizar a questão", afirmou.
Dias disse que os deputados que estavam presentes na manifestação são do PDT, PV e PT e participaram do ato porque apóiam o movimento. "Ele (Serra) precisa aprender a lidar com a democracia e parar criminalizar os movimentos sociais, mais uma vez." E emendou: a convivência com o PFL (o DEM) está fazendo muito mal a ele. Está transformando ele em uma pessoa autoritária."
Entenda a greve da Polícia Civil de SP
Os policiais civis entraram em greve por tempo indeterminado dia 16 de setembro. O movimento atinge delegados, investigadores, escrivães e peritos, que pedem aumento de salário e melhores condições de trabalho.
Os policiais civis pedem 15% de reajuste salarial em 2008 e 12% para 2009 e 2010. O governo propõe aumento linear de 6,2% a policiais civis da ativa, aposentados e pensionistas; aposentadoria especial; reestruturação das carreiras com a eliminação da 5ª classe e a transformação da 4ª classe em estágio probatório; e a fixação de intervalos salariais de 10,5% entre as classes.
Segundo a orientação da cartilha da greve, devem ser registrados apenas casos de flagrantes, captura de procurados e homicídios. As diligências referentes a investigações devem ser feitas apenas se forem inadiáveis. A cartilha, entretanto, ressalta o uso do bom senso na triagem dos casos.
A Polícia Civil já havia entrado em greve em 13 de agosto, reivindicando aumento salarial de cerca de 60%. O movimento foi suspenso na mesma tarde após uma reunião conciliatória entre representantes de sindicatos e associações da categoria e do governo estadual no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região.
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