domingo, 16 de novembro de 2008

Ainda bem que a classe c não lê a revista(?) "veja" (minúscula)


Lí o trabalho acadêmico "Comportamentos de Consumo das Classes Sociais, dos Profs. Celso Cláudio de Hildebrand e Gr", onde ele expõe de forma científica, ao contrário dos "jornalistas" da revistinha veja, que "o crescimento da demanda brasileira têm sido explicado, quase consensualmente, pelos seguintes fatores:

Política assistencial do Governo Federal
Programas Sociais implantados em todos os níveis
Aumento do emprego, sobretudo nas Classes E/D/C
Reajustes do Salário Mínimo
Aumento da massa salarial nas Classes C/ B2/B1/A2
Vestuário
Gastos do Governo
Rápido crescimento do crédito
Aumento dos investimentos privados (nacionais e estrangeiros
Preços dos commodities exportados


CARACTERÍSTICAS DA DEMANDA PARA PRODUTOS DE CRÉDITO


Impulsionados pelo crescimento da renda nos segmentos mais pobres da população (Classes D/E), os seguintes setores deverão pressionar a demanda por crédito:
Eletrodomésticos
Construção Civil
Cosméticos
Higiene e limpeza
Vestuário
Produtos farmacêuticos
Alimentos (carnes, cereais, lacteos)
Carros usados
Aluguéis

CARACTERÍSTICAS DA DEMANDA PARA PRODUTOS DE CRÉDITO

As camadas de renda intermediária (Classes C e B) induzirão a expansão do crédito, principalmente, dos seguintes setores:
Imóveis (troca)
Construção Civil (aquisição)
Turismo (viagens/lazer)
Entretenimento / Cultura
Alimentos (migração para marcas mais nobres, ampliação do número de itens, ampliação da compra média)
Eletrodomésticos
Vestuários
Carros novos (versões básicas / modelos econômicos, modelos intermediários)
Serviços (escola, dentista, saúde, educação, etc.)

CARACTERÍSTICAS DA DEMANDA PARA PRODUTOS DE CRÉDITO

As camadas privilegiadas da sociedade (Classes A2/ A1) pressionarão a demanda por crédito nos seguintes setores:

Turismo interno
Marcas premium
Carros importados
Artigos de luxo e singularidades
Imóveis (investimentos para reserva de valor)
Gastos com segurança
Despesas no domicílio

Nisso, vem um "jornalista" da revistinha "veja", e redige um texto ambíguo, transbordando de paradoxos e má intenções:
"Em meio ao atual festival de horror financeiro, os consumidores e empresas brasileiras tentam enxergar um horizonte. E não está fácil. Até outubro, o emprego e a renda dos brasileiros continuavam crescendo, em um indício que o país, ainda que viesse a sofrer os efeitos da crise, resistiria a ela. Essa sensação chegou a ser reforçada por empresas como a Fiat, a Unilever e a Nestlé, que, a despeito do agravamento da crise, mantiveram seus ambiciosos planos de investimento no país".

NOTE bem que o "jornalista" não esperou nem 15 dias para concluir o "ATUAL FESTIVAL DE HORROR FINANCEIRO", quando cita a conclusão de um dado divulgado sobre a economia nacional até OUTUBRO, que CERTAMENTE, só foi divulgado à menos de uma semana.

NO ENTANTO, o próprio redator do texto, de forma ambígua com a manchete da "reportagem", tem a CORAGEM DE AFIRMAR:

"O vice-presidente de Assuntos Corporativos da Unilever, Luiz Carlos Dutra, disse que a turbulência não é linear e afeta cada setor de forma diferente. "Temos dados que comprovam que as companhias que continuam investindo em tempos de crise saem mais fortalecidas quando a situação melhora." Declarações no mesmo sentido vieram na Nestlé e da Fiat."

Ou seja, a citação anterior desmente e joga água na fervura do CAOS pintado para o LEITOR da "revistinha veja". Esse leitor que torce para ver a mendicância nas ruas, os semáforos cheios de crianças vendendo doces, e um contingente de desvalidos vaiando LULA e aplaudindo os políticos de direita.
Será que a política NEOLIBERAL tucana, com seus CHOQUES DE GESTÃO, PRIVATIZAÇÃO (doação) e ARROXO ECONÔMICO ainda não foi assimilada pelo "jornalista" como política falida e que levou o Brasil à BANCARROTA por três vezes?




Noutro fragmento do "texto", ele descaradamente lança mão de outro "argumento" para denotar a "CRISE": O DÓLAR!

"Isso é um sinal claro de que o aperto do crédito, a menor demanda mundial por matérias-primas e a desvalorização do real ante ao dólar produziram sua dose de estrago na economia brasileira. "Os setores mais dependentes de crédito foram os primeiros a serem impactados, como eletrodomésticos e automóveis, além da construção civil", declarou Marcela Prada, da Tendências".


Ora, ora, na Edição 2075, de 27 de agosto desse 2008, a "revistinha veja" canta lôas ao DÓLAR BARATO, e mostra as "peripécias" da fina flor dos brasileiros que SEMPRE SE BENEFICIAM da "crise pintada pela MÍDIA":


"Entre os brasileiros que desfrutaram luxos do gênero neste verão europeu estão as família Birman (da Arezzo), Grendene (Pedro e Tania Bulhões) e Guanaes (Nizan e Donata). "Com o dólar baixo, e contando todos os outros custos que você tem em uma viagem, alugar um iate até sai em conta", calcula o publicitário Nizan Guanaes, que escolheu a Sardenha para, com onze pessoas, festejar o aniversário de 50 anos. Os iates alugados, em geral, são propriedade particular. Como barco parado é barco encrencado, além dos custos de manutenção pesados até para milionários, os donos aproveitam a mordomia durante algumas semanas por ano e alugam pelo resto da temporada (no verão europeu e no inverno caribenho). Assim, é possível ficar no barco do ator Nicolas Cage – decorado com fotos de seus filmes – ou no do empresário italiano da Fórmula 1 Flavio Briatore, ou no Christina O, que pertenceu aos Onassis, ainda um dos maiores iates em atividade, com 325 pés". VEJA AQUI

O QUE podemos perceber, diante desses "chutes" para encher pauta de revista semanal, é o lobby contra o dólar-livre, que sempre se moveu na grande imprensa. O tiro de largada foi dado em 2005, no Valor Econômico, repicou no O Estado de S.Paulo e já está em voga novamente.

Até pouco tempo atrás, a ameaça do dólar barato continuava em destaque, sem exceção, em todas as colunas de economia dos jornalões. A maioria pedia a urgente intervenção do Banco Central no mercado financeiro, fazendo eco às queixas dos setores da indústria que viam na valorização do real um perigo para a balança comercial. A saída, diziam, é o BC comprar dólares no mercado interno para tentar interromper a valorização do real, causada principalmente pelo excesso de moeda norte-americana no Brasil.

A gritaria escondia outro receio dos vários setores industriais que dizem ter investido pesado na ampliação das exportações e, corriam o risco de perder clientes no exterior e enfrentar concorrência externa no interior, com prejuízos na certa para muito breve.

Todos acenavam com o aumento do desemprego, particularmente os setores que estão sendo obrigados a enfrentar a avassaladora máquina de exportação chinesa.

Não há setor manufatureiro, seja no Brasil ou em qualquer país do mundo, que não tema a inundação de produtos chineses. Têxteis, confecções, calçados, eletrodomésticos, som e imagem, além de uma infinidade de produtos e aparelhos, estão entre os mais ameaçados.

E, pra não dizer que não falei de MÍRIAM LEITÃO, transcrevo uma frase do BLOG DO SARAIVA13:

"Transcrevo, na íntegra, inclusive com o título, excelente matéria que copiei do site ÓLEO DO DIABO, de Miguel do Rosário".
Miriam, a louca




Durante seis anos, a senhora PIG vociferou contra o dólar baixo, dizendo que as exportações brasileiras seriam fortemente prejudicadas. Fazia, sistematicamente, previsões catastróficas para a balança comercial, que, segundo ela, não resistiria ao câmbio desfavorável. Os números sempre contradiziam suas previsões. O Brasil ampliou e ainda vem ampliando suas vendas externas mesmo com moeda forte. A razão é a enorme diversificação de nossos produtos, e a melhora da qualidade deles. Em muitos setores, como carnes, autopeças e aviões, produto brasileiro é sinônimo de excelência e o mundo aceita pagar um pouco mais caro.

Mas, como todos sabem, exportadores ganham em dólares. Quando o dólar cai, portanto, eles perdem. Eles têm resistido, nos últimos tempos, através do aumento da produtividade e redução de custo. Agora, com essa disparada do dólar, a senhora PIG quer nos convencer, na contra-mão de tudo que afirmou por anos a fio, que os exportadores terão prejuízo com a alta do dólar e cita empresários que teriam "especulado" com o câmbio.


Aqui, a reportagem "PRETENSIOSA" da "veja"

E Aqui, o trabalho acadêmico "Comportamentos de Consumo das Classes Sociais, dos Profs. Celso Cláudio de Hildebrand e Gr.




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