O procurador da República Rodrigo de Grandis disse nesta quarta-feira (19), ao chegar à 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo, que espera a condenação do banqueiro Daniel Dantas, assim como do ex-presidente da Brasil Telecom Humberto Braz e do professor Hugo Chicaroni. Os três estão sendo julgados hoje, pelo juiz Fausto De Sanctis, acusados de tentar corromper um delegado da Polícia Federal para livrar Dantas da Operação Satiagraha.
Em suas alegações finais sobre o processo, já entregues ao juiz, o procurador confirmou ter pedido a condenação dos três réus, "porque existem provas suficientes do crime de corrupção ativa". Segundo ele, o Ministério Público Federal pediu pena severa, "bem acima do mínimo legal", que pode chagar a 12 anos de prisão.
A defesa dos acusados entregará hoje ao um juiz memorial de cerca de 300 páginas também com suas considerações finais sobre o processo. Segundo advogado de Daniel Dantas, Nélio Machado, o documento é "uma radiografia de toda essa perseguição, demonstrando toda a violência e todas as ilegalidades do processos". Entre as irregularidades, o advogado citou a participação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Operação Satiagraha.
O advogado de Dantas, Nélio Machado, voltou a explicitar a hostilidade da defesa do banqueiro em relação ao juiz incumbido do julgamento. "Confio no Poder Judiciário, evidentemente não confio no doutor De Sanctis, que tem uma relação de 'apaixonamento' com o caso. A justiça se fará, não necessariamente neste primeiro momento. Eu distingo a atuação personalista do magistrado de uma função maior de Estado no regime democrático, que é a realização da Justiça", disse Machado, adiantando que em caso de condenação vai recorrer da decisão.
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