quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Delegado Protógenes Queiroz: Fiesp tem verba para corrupção

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, afirmou, na noite de segunda-feira, que a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) NÃO está imune da corrupção e disse que a instituição já teria contabilizado a cifra de R$ 17 milhões para pagar propinas. A assessor da Fiesp, Ricardo Viveiros, disse que a afirmação é mentirosa e a instituição nem mesmo possui esta importância em dinheiro. "Há cinco anos, fazemos lobby de forma decente, legal. Levamos argumentos técnicos aos deputados, senadores e gestores públicos para conseguir nossas demandas", afirmou o assessor.

Ainda em relação às investigações da Operação Satiagraha, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Ali Mazloum, decretou a devolução dos bens do delegado da PF Protógenes Queiroz, apreendidos há duas semanas como parte da Operação Gepeto, que investiga possíveis irregularidades na condução da Satiagraha.

Mas o juiz negou o pedido da defesa de sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, para ter acesso ao inquérito da Gepeto. Os advogados alegavam que o acesso aos autos do processo poderia comprovar a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Satiagraha, o que, segundo eles, poderia anular todo o processo.


O delegado listou suas ações na Polícia Federal desde 1999, lembrou da prisão do ex-deputado federal do Acre Hildebrando Pascoal, da investigação no Banestado, das prisões do contrabandista chinês Law Kin Chong, de Paulo e Flávio Maluf.

Protógenes revelou que seu filho mais velho já foi vítima, aos 14 anos, de um seqüestro após ele ter prendido Law Kin Chong. Contou que sua família foi ameaçada diversas vezes e ele mesmo tem sofrido ameaças veladas.

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