sábado, 29 de novembro de 2008

MÁ NOTÍCIA PARA A OPOSIÇÃO


Para Loyola, pior da crise "está passando"

O ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria, Gustavo Loyola, disse acreditar que a fase mais aguda dos efeitos da crise internacional sobre o mercado financeiro brasileiro "está passando". Apesar disso, ele lembra que a desaceleração econômica do País será inevitável em 2009 e a expansão do PIB deverá passar de 5,5% em 2008 para entre 2,5% e 3% em 2009.

Para Loyola, mesmo com essa perda de ritmo, os efeitos da crise sobre o Brasil, "são minorados" comparativamente ao que ocorrerá em 2009 em países como Estados Unidos e Japão. Loyola afirmou que os bons fundamentos da macroeconomia brasileira e a solidez do sistema bancário vão evitar conseqüências piores da crise no Brasil, mas ele avalia que os problemas de liquidez externa vão afetar especialmente o crédito para as pequenas empresas.

Ainda segundo Loyola, o Banco Central tem atuado de forma competente no incentivo à irrigação de crédito para os setores mais afetados da economia e esse processo tem que continuar a ser monitorado dia a dia. No caso das grandes empresas, segundo o economista, a tendência é que a dificuldade de acesso ao mercado externo de crédito faça com que se voltem para o mercado doméstico.

Ele citou indiretamente a captação anunciada quinta-feira pela Petrobras junto à Caixa como exemplo desse cenário em que as grandes empresas devem começar a buscar recursos em bancos estatais, iniciativa sobre a qual ele afirmou: "não vejo problemas".

Loyola afirmou ainda que a principal lição que a crise deixa para o Brasil até o momento é que "avanço institucional nunca é demais, se vamos enfrentar a crise de forma mais confortável é porque avançamos no passado". Ele participou de seminário sobre crédito que está sendo realizado na Fecomércio-RJ e será encerrado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles.

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