quarta-feira, 19 de novembro de 2008

MPF em Belo Horizonte denuncia Valério e mais 26 por mensalão mineiro


Esquema teria favorecido candidatura de senador tucano em 1998.
Caso teria precedido o mensalão, que ocorreu em âmbito nacional.
Azeredo (PSDB) não é indiciado
Marcos Valério é corrupto
Azeredo(PSDB) é corruptor


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O Ministério Público Federal em Belo Horizonte informou nesta quarta-feira (19) que denunciou o publicitário Marcos Valério e outras 26 pessoas em razão do mensalão mineiro.

O esquema teria ocorrido em 1998 para beneficiar a candidatura ao governo de Minas do atual senador Eduardo Azeredo (PSDB). O senador foi denunciado em novembro do ano passado pelo Procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal, em razão do foro privilegiado.



O mensalão mineiro teria sido repetido pelo publicitário Marcos Valério em âmbito nacional no episódio que ficou conhecido como mensalão, em que parlamentares da base aliada recebiam para votar projetos de interesse do governo. Valério é réu no Supremo pelo caso do mensalão.

Os dois esquemas tinham o mesmo objetivo, segundo o MPF mineiro: obter recursos que não seriam contabilizados e superfaturar contratos de publicidade do Executivo. Em Minas, teriam sido desviados mais de R$ 3 milhões dos cofres públicos.

A denúncia, segundo a Procuradoria, foi oferecida à Justiça na segunda-feira (17).

Valério também é acusado de ter corrompido um juiz eleitoral para favorecer Azeredo durante a mesma campanha. O sócio do publicitário, Rogério Lanza Tolentino, é ex-juiz eleitoral, e também foi denunciado.

Segundo o MPF, as denúncias foram apresentadas à 4ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte e os acusado, se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.

O advogado Marcelo Leonardo, que defende Marcos Valério, informou que ainda não tomou conhecimento da denúncia e, portanto, não poderia comentar o fato.



O publicitário está preso desde 10 de outubro em razão da Operação Avalanche. Ele é suspeito de ter intermediado uma negociação para corromper policiais federais e favorecer uma cervejaria. A empresa negou relação com Valério. Além disso, a PF suspeita de que o publicitário teve acesso a informações privilegiadas sobre a operação.



Na terça (18), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou habeas corpus a Valério.


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