quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

DITADURA

AI-5 40 anos: Jarbas Passarinho culpa as vítimas da ditadura


No Brasil, 1968 termina com a edição do AI-5, recrudescendo a ditadura instalada em 1964, com o cerceamento total dos mais elementares direitos e das liberdades públicas. Um dos últimos signatários vivos desse documento, Jarbas Passarinho, que em sua declaração de voto mandou às favas os escrúpulos de consciência, publicou kafkiano artigo no Jornal do Brasil de 16/12/08, defendendo o ato arbitrário e, na prática, responsabilizando as vítimas do arbítrio pelo atentados à democracia acobertados por aquele novo ato de exceção.



por Carlos Henrique Tibiriçá*



1968 foi o ano das lutas de maio na França, da invasão da Tchecoslováquia e da escalada americana no Vietnã e a heróica resistência do seu povo, que acabou por derrotar a maior potência militar do planeta. Também no Brasil foi um ano de lutas, ebulição cultural e comportamental.



Em função disso, na passagem dos 40 anos de 1968, surgiram vários livros e artigos analisando esses momentos. No Brasil, 1968 termina com a edição do AI-5, recrudescendo a ditadura instalada em 1964, com o cerceamento total dos mais elementares direitos e das liberdades públicas. Um dos últimos signatários vivos desse documento, Jarbas Passarinho, que em sua declaração de voto mandou às favas os escrúpulos de consciência, publicou kafkiano artigo no Jornal do Brasil de 16/12/08, defendendo o ato arbitrário e, na prática, responsabilizando as vítimas do arbítrio pelo atentados à democracia acobertados por aquele novo ato de exceção.



Passarinho argumenta que de 1964 até o AI-5 o Brasil vivia um governo que manteve as liberdades fundamentais, mantidas inclusive nos dois primeiros anos do governo Costa e Silva. Esta afirmação não resiste aos fatos.


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