Por carta, assinada pelo "presidente da Fundação do Conselho de Administração da Fundação Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", o maestro John Neschling foi demitido da Osesp, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. A carta, publicada somente nesta quarta-feira, 21, no site oficial da orquestra, tem data de 20 de janeiro.
ACHO QUE NINGUÉM SABIA QUE O EX-PRESIDENTE É PRESIDENTE DE ALGUMA COISA!
Neschling já havia comunicado, no ano passado, que só permaneceria à frente da orquestra até o fim de 2010. Mas, diz a carta de FHC, as declarações do maestro ao jornal Estado de São Paulo, em entrevista publicada no dia 9 de dezembro, repercutiram negativamente entre a administração e os músicos da fundação, provocando uma série de reuniões entre os integrantes do conselho até que a decisão pela demissão de Neschling fosse tomada. O maestro será comunicado oficialmente de sua saída na quinta-feira, 22.
Neschling assumiu a Osesp em 1996, chamado pelo então governador Mário Covas para reconstruir a orquestra. Em 12 anos, o trabalho mostra seus resultados. Além dos concertos semanais na Sala São Paulo com casa lotada, um número de assinantes que ultrapassa 12 mil pessoas, as gravações premiadas mundo afora, chegou na semana passada um novo reconhecimento: em seu panorama do cenário orquestral mundial, a revista inglesa Gramophone elegeu a Osesp como uma das três orquestras em que vale a pena prestar atenção.
O COMEÇO DO FIM
"Tudo começou há dois anos, quando assumiu o governador José Serra. Não é segredo nenhum que, mesmo antes da posse, já se falava na minha substituição. O governador não queria, não gostava, não sei o quê. Os motivos? Teve o episódio da Virada Cultural e não sei o que mais, o fato é que a todo momento eu lia que ele não gostava de mim, que havia uma briga entre nós. Quando ele assumiu, continuou a polêmica, com a mídia batendo a todo instante. 2007 foi um ano difícil para mim, fui imolado pela imprensa, todo mundo falava mal de mim, diziam que o concurso de piano era uma fraude, que tudo o que eu fazia era ruim. Isso criou uma situação muito delicada que, evidentemente, teve conseqüências no clima da Osesp, não na qualidade, mas sim no clima. Fizemos a turnê pela Europa e voltamos debaixo de uma saraivada de balas. Ninguém falava - olha só, a Osesp foi à Europa e foi um sucesso. Não, parecia que eu era um bandido, um ladrão, um corrupto. Durante o ano, a coisa foi se acirrando, houve o episódio do YouTube, que criou uma situação entre mim e os músicos."
Se FHC fez isso, imagine Serra?
Ia mandar enforcá-lo, cortar os pedaços e pendurar no poste!
Enfim, o Serra é tão simpático... Mais carismático que o José Fernandes em toda sua história de jurado no Flávio Cavalcante ( outra simpatia )Chacrinha e Sílvio Santos. Não sei o que foi criticado ,mas, com certeza, algo que refletisse no plano político. Viva os neo-liberais ! Vão botar um maestro chinês de R$1,99, ao mês !
Em tudo o que eles põem a mão, vira ruína!
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