A sede do Centro Wiesenthal para a América Latina anunciou hoje, em Buenos Aires, que repudia as declarações feitas pela cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) nas quais acusa Israel de "praticar o terrorismo de Estado".
O Centro lamenta que o PT "rejeita o direito (de Israel) de defender-se e qualifica sua reação aos ataques terroristas do Hamas como ''prática nazista''". O diretor do Centro Wiesenthal para a América Latina, Sergio Widder, afirmou que, com essa atitude, "o PT está demonstrando sua solidariedade com o antissemitismo e o terrorismo".
Segundo o Centro, uma organização judaica internacional de Direitos Humanos, "é irônico que um partido como o PT, reconhecido por sua tradição democrática e que teve acesso à presidência do Brasil respeitando as regras do Estado de Direito, ataque desse modo outra democracia".
Em carta ao presidente do partido, Ricardo Berzoini, o Centro condenou o comunicado do PT, que no domingo indicou que o partido não aceita "a ''justificativa'' apresentada pelo governo israelense, de que estaria agindo em defesa própria e reagindo aos ataques".
O Centro Wiesenthal considera que no comunicado o PT também comparou Israel com o Terceiro Reich. O comunicado do PT sustenta que "atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista: Lídice e Guernica são dois exemplos disso".
Os representantes do Centro afirmam que nesta esfera existe mais cumplicidade por parte do PT. "O comunicado é escandaloso, mas não é totalmente surpreendente, já que (o PT) possui um acordo com o Partido Baath Árabe Socialista da Síria. Recordemos que sob o regime do Baath, Síria deu refúgio ao criminoso nazista Alois Brunner, lugar-tenente de Adolf Eichmann na implementação da ''Solução Final''. Isso sim é cumplicidade com o nazismo", diz a carta.
Segundo o Centro Wiesenthal, "se o PT aspira pela paz, então sua melhor contribuição seria condenar o antissemitismo do Hamas e protestar pela chuva de foguetes que essa organização dispara contra civis israelenses, bem como por seu abuso em usar palestinos como escudos humanos".
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