Mauro Braga * tribunadaimprensa
Mal o ano começou, e o bolso do cidadão-contribuinte já será pego de jeito, com a manha que só a classe política tem. Absurdos e disparates contornam mais um caso cujas características são injustificáveis. Nem dando uma de bobo dá para engolir. No apagar das luzes do último ano, a Câmara dos Deputados reservou em orçamento R$ 11,5 milhões para a compra de 4.755 novos microcomputadores de mesa e seus componentes periféricos. Ou seja, a “bagatela” de R$ 2,4 mil a unidade, com direito a monitor de LCD e mouse óptico .
A comprinha sairá mais cara do que o previsto e a culpa foi jogada sobre a crise financeira mundial. Um dos concorrentes argumentou que, com os recentes fatos e consequente aumento do dólar, os valores estabelecidos não eram suficientes para a contratação dos equipamentos e serviços solicitados no Edital. Primeiro, a compra é desnecessária. Com toda certeza, um bom trabalho poderia ser realizado em computadores “antigos”.
Fora isso, esta coluna se empenhou em dar um giro por alguns pontos de vendas especializados no Rio, e a mesma configuração dos aparelhos foi encontrada, facilmente, por R$ 1.500. Isso na compra de uma única unidade. Imaginem milhares de computadores? Os preços, certamente, deveriam cair mais ainda. Faltou bom senso, levantamento de preço ou vergonha na cara? Nada muda, né?
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