quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

NO ORKUT

PASSEATA

Após os pronunciamentos da polícia suíça questionando o ataque a Paula Oliveira e até mesmo a sua gravidez, os brasileiros que moram no país se dividiram sobre a realização de uma passeata marcada para se realizar em Zurique. A manifestação estava sendo organizada em três comunidades do Orkut.

O pai de Paula Oliveira, Paulo Oliveira, assessor do deputado Roberto Magalhães (DEM-PE), reafirmou ter exames comprovando a gravidez da filha e rebateu as "especulações" das autoridades suíças. Também o namorado da brasileira, o suíço Marco Trepp, manteve a versão sobre a gravidez. Até a noite de ontem, Paula continuava internada no Hospital Universitário de Zurique, para onde havia voltado na manhã de terça-feira, dia seguinte ao ataque. Paulo Oliveira, que acompanha a filha em Zurique, já havia feito duras críticas à imprensa local, que noticiou com reservas a suposta agressão e apontou contradições no relato da vítima.

A Embaixada da Suíça, cujo encarregado foi chamado na quinta-feira ao Itamaraty, divulgou nota na qual manifesta solidariedade à família de Paula pelo "incidente humanamente trágico", mas também expõe o laudo médico apresentado pela polícia de Zurique. O presidente Lula, que na véspera visitava Pernambuco e havia condenado a "violência inaceitável" contra a brasileira, ontem voltou a comentar a controvérsia sobre o caso. Manifestou confiança nas autoridades suíças, que estariam "trabalhando com seriedade" na investigação do episódio.

Os números

40 mil brasileiros moram na Suíça, segundo estimativas do consulado em Zurique

Quem fez os ferimentos?

A advogada afirma que os agressores seriam três skinheads, um deles com uma suástica na cabeça. Segundo a versão, dois homens a seguraram enquanto o outro fez as marcas no corpo de Paula, durante cinco minutos. A polícia de Zurique, baseada em perícia do Instituto de Medicina Forense, apontou como mais provável a hipótese de autoflagelação.

Paula se autoflagelou

Um legista da Universidade de Zurique explicou que os cortes são superficiais e se apresentam apenas em partes do corpo que a própria vítima poderia alcançar. As partes mais sensíveis - como seios, umbigo e órgãos genitais - não foram atingidas. A família contesta essa suspeita e afirma que Paula não tem um histórico de distúrbios psíquicos compatível com autoflagelação.

Como foi o atentado

Paula contou que foi levada pelos agressores a uma área perto da estação de trem, entre as 19h10 e as 19h15, após sair do trabalho. A polícia coloca sob suspeita a narrativa e diz que "as circunstâncias que causaram os ferimentos seguem por esclarecer".

A vítima abortou após o ataque

Paula alega que, após sofrer a agressão, refugiou-se no banheiro da estação, onde abortou. Em seguida, pediu socorro ao namorado, o economista suíço Marco Trepp. Segundo a obstetra Jeanine Trindade, professora da Universidade de Pernambuco, com 11 semanas de gravidez o feto já apresenta pés e mãos. Se Paula abortou, as gêmeas foram expelidas ou retiradas por curetagem, o que pode ajudar na elucidação do caso.

É possível saber se Paula estava grávida quando foi agredida?

Em tese, sim. A família diz ter exames de ultrassonografia que provariam a gravidez. Na véspera do ataque, ao sair do trabalho, Paula teria dito a uma colega que faria no dia seguinte a primeira ultrassonografia. Segundo a professora Jeanine Trindade, exames posteriores a um aborto podem dar detalhes sobre uma gravidez interrompida. O útero, por exemplo, demora para voltar ao normal.

A FAMÍLIA DE PAULO OLIVEIRA TEM FORTES LIGAÇÕES COM O DEM!

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