domingo, 22 de fevereiro de 2009

Números, revista Veja, ideologia e educação


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Com números é possível você provar quase tudo. Alguns meses atrás a manipuladora revista Veja fez uma reportagem que vai entrar para a história do mau jornalismo. O título era: " a falácia da decadência americana". Ou seja, quem fala dos EUA em decadência está mentindo, segundo os gênios da Editora Abril.Agora a revistinha Veja está iniciando mais uma campanha: Lula perdulário.

Faz parte desta campanha uma entrevista com o economista, "especialista" em contas públicas, Raul Velloso.Vamos ler uma parte da entrevista:"O governo brasileiro vai elevar para 103 o total de adidos no exterior, com salário de até 37 000 reais. Também planeja admitir até 50 000 novos servidores. O que o senhor acha dessas contratações? Elas deveriam ser imediatamente suspensas, assim como deveriam ser renegociados todos os reajustes de servidores aprovados no fim do ano passado. Historicamente, em início de mandato, há restrição de contratações e de aumento salarial do funcionalismo.

Com o passar do tempo, os governantes cedem às pressões políticas e aos lobbies dos sindicatos dos servidores. Os presidentes perdem a força, ficam menos austeros. Abrem as comportas. Essa é a regra. Mas agora as comportas se abriram demais. O governo perde a cada dia sua disposição de reduzir os custos da máquina pública".Eu sou adépto da máxima: governo "bão" é governo pão duro. Ou seja, cabe ao governo ficar o tempo inteiro pensando onde pode economizar.Economizar para quê?Para gastar. Gastar onde é mais importante.O que é mais importante? Educação.

A IMENSA MAIORIA das contratações autorizadas serão de novos professores e de pessoal para trabalhar em escolas técnicas e universidades.Considero isto um gasto fantástico e importantíssimo.Aliás, isto é gasto a ser SUSPENSO somente na cabeça de minhoca deste Raul Velloso. Na minha cabecinha isto é INVESTIMENTO em educação.Imagine só: o governo federal está fazendo algo muito legal. Está construindo dezenas e dezenas de escolas técnicas. Centenas de milhares de adolescentes vão estudar nelas. O que os cabeças ocas da Veja e do "economista" querem? Que as escolas fiquem fechadas por causa da crise?A crise, no Brasil, vai reduzir o crescimento.

No resto do mundo ela está detonando.A grande vitória do atual governo foi justamente ter equilibrado a economia e agora, no meio de uma das maiores crises do capitalismo, o Brasil está sofrendo bem menos.Para quê que o governo vai equilibrar a economia? Para poder investir. Investir aonde? Investir em asfalto?Eu prefiro que ele invista em educação. E investir em educação obriga o governante a CONTRATAR muita gente. O economista poderia dar outros BONS exemplos de economia. Por exemplo: poderia preconizar a diminuição dos gastos com propaganda. Poderia nomear o péssimo exemplo do governador José Serra. Em 2008 ele já havia aumentado MUITO a verba para propaganda. Agora em 2009 ele AUMENTOU mais ainda.

E diminuiu verbas para manutenção das escolas.Certamente o "corajoso" economista não tocou no assunto. Ele sabe que se tocasse no assunto eles arranjariam outro "especialista" para dar entrevista.Leia trecho da reportagem do Jornal Brasil de Fato:"Ano que vem a publicidade DOBRA, o transporte terá MAIS dinheiro, e a educação, MENOS. À primeira vista, é isso que salta aos olhos de quem lê o Projeto da Lei Orçamentária do Estado de São Paulo para 2009, proposto pelo governo José Serra à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Atendo-se à publicidade, o governo tucano terá a sua disposição R$ 313 milhões para o setor de comunicação social no ano que antecede a eleição para presidente. Quase o dobro do valor de R$ 166 milhões gastos neste ano nessa área".O Serra governa de olho nos números. Por exemplo: investir em educação o obrigaria a contratar professores (incluive substitutos). Investir em asfalto não obriga governante nenhum a contratar pessoal.Hoje no Brasil é ótimo investir em asfalto.

Construtoras dão dinheiro para campanha política, professores não dão.O político faz concessão de estrada e o BNDES banca o dinheiro para a obra. O político aparece como um grande gestor e a população fica com os pedágios.Nas estatísticas jamais é contabilizado se nas escolas tem material didáticos, se as aulas são realmente dadas e se há professores naquelas escolas.Para se encaixar no pensamento ideológico dos cabeças de minhocas da Veja e do economista Velloso uma das piores coisas que o governante pode fazer é investir em educação.

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