domingo, 1 de março de 2009

A contribuição de Miguel do Rosário, do Blog "Óleo do Diabo" ao protesto contra a Folha: um livro




Deu trabalho, mas valeu a pena. Escaneei o livro do meu pai, José Barbosa do Rosário, intitulado Quando a policia mata, no qual ele narra seu sofrimento e da família por ocasião da tortura e morte de seu irmão, Francisco do Rosário Barbosa.

Para a família do meu pai, o regime militar, mesmo após a "abertura política", ou seja, em 1981, não foi nada "branda". O fato traumatizou profundamente todos os Barbosa. Os editores da Folha têm irmãos? Imagine descobrir que o mesmo foi barbaramente torturado, mutilado, e assasssinado por aqueles que recebem salários para, supostamente, nos proteger? Não foi fácil.

Tem mais. Apesar do meu pai ser um jornalista, e ter denunciado o crime na tv e nos jornais (era 1981, e o regime havia se distendido), a morte de Francisco do Rosário Barbosa não figura na lista dos mortos e desaparecidos políticos. Porque Francisco não era um político. Não fazia parte de partido, organização ou qualquer coisa parecida. Foi torturado e morto quase que gratuitamente. Leia e entenda.

O livro tem 90 páginas, com letras grandes e, portanto, pode ser lido em poucas horas. Traz um belo e pungente prefácio do grande Raymundo Faoro, e meu pai, falecido precocemente de câncer em 1999, escrevia muitíssimo bem, num estilo seco e límpido, a la Graciliano.

Para ler o livro, você pode simplesmente clicar no link abaixo, ou clicar com o botão da direita do mouse sobre o link abaixo e escolher a opção Salvar Link Como e fazer um download. O arquivo pdf tem 27,3 Megabytes.

Quando a polícia mata, de José Barbosa do Rosário.

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