Puxada por arroz e feijão, previsão é de alta de 0,47% em relação ao mês anterior, e de queda comparado a 2008
FABÍOLA SALVADOR - Agencia Estado
BRASÍLIA - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa de produção para a safra 2008/09, após cinco meses consecutivos de projeções de quedas. O sexto levantamento da safra 2008/09, divulgado nesta segunda-feira, 9, pela Conab mostra que o país vai colher 135,32 milhões de toneladas, crescimento de 0,47% em relação à pesquisa do mês passado. Mesmo com esta recuperação, a projeção é 6,1% (8,8 milhões de toneladas) inferior à obtida na safra 2007/08, que foi de 144,1 milhões de toneladas
Segundo os técnicos da Conab, o incremento nesta edição em relação à projeção de fevereiro se deve à revisão na estimativa para a segunda safra de feijão (safra da seca), que passou de 1,41 milhão para 1,55 milhão de toneladas (+9,9%); no arroz, de 12,35 para 12,52 milhões t (+1,3%); na soja, de 57,21 para 57,63 milhões t (+0,7%); e no milho total, de 50,30 para 50,37 milhões t (+0,1%).
A Conab estima a área de plantio para a safra 2008/09 em 47,7 milhões de hectares, crescimento de 0,5% (256,4 mil hectares) em relação aos 47,4 milhões de hectares cultivados no ano agrícola 2007/08. Os dados do sexto levantamento confirmam os apurados em fevereiro, com expansão nas área plantadas de arroz, feijão, soja e trigo. Os cultivos de algodão e milho apresentaram retração.
Os técnicos da Conab comentam que mesmo com o aumento da estimativa de produção de fevereiro para março, a maior parte dos Estados terá produção menor que a do ciclo passado, resultado do atraso do plantio em algumas regiões e do clima adverso durante o desenvolvimento das culturas.
A estimativa para o período atual é de 57,63 milhões de toneladas para soja (cerca de 50% colhida), 50,30 milhões t para o milho total (cerca de 45% do milho primeira safra colhidos), 12,52 milhões de t para o arroz (cerca de 15% colhidos) e 3,73 milhões do feijão total (primeira safra 100% colhida).
O levantamento da Conab foi realizado entre os dias 16 e 20 de fevereiro. A estatal ouviu produtores rurais, agrônomos e técnicos de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural e agentes financeiros dos principais municípios produtores do país.
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