Ex-ouvidor denuncia rede de chantagens e pressão no Governo Yeda
Na segunda-feira (16), às 17h30min, Carrion tem encontro com Paiani, na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Porto Alegre, para conversar sobre as denúncias.
O deputado Raul Carrion (PCdoB) afirmou que as denúncias do ex-Ouvidor da Segurança Pública, Adão Paiani, são de extrema gravidade e precisam ser apuradas com seriedade e isenção. O ex-Ouvidor denunciou, nesta sexta-feira (13), que o sistema Guardião, utilizado pela Secretaria da Segurança Pública para escutas telefônicas autorizadas judicialmente, está sendo usado para ''chantagem e pressão política'' pelo governo estadual.
Paiani entregou ao presidente da OAB, Cláudio Lamachia, um CD que conteria seis ligações telefônicas com conversas entre um integrante do Governo Yeda e pessoas do interior do Estado. Ele afirmou que o sistema está sendo usado de forma indevida e ilegal para a obtençao de cargos e de informações privilegiadas, entre outras vantagens.
A demissão de Paiani foi anunciada nesta terça-feira (10). A dispensa pegou de surpresa até mesmo o titular do cargo, que teria tido conhecimento da demissão a caminho de uma solenidade ao lado do Secretário da Segurança. Paiani foi indicado ouvidor durante a gestão do ex-secretário da Segurança, Enio Bacci. Em 9 de fevereiro, encerrou-se o mandato de dois anos de Paiani.
Em 19 de fevereiro, Paiani foi chamado para reunião com a Governadora Yeda Crusius, o secretário da Transparência, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, e o chefe de gabinete Ricardo Lied, para reunião, durante a qual foi convidado a permanecer à frente da Ouvidoria. Segundo relatos de Paiani, Yeda solicitou um relatório sobre as atividades da Ouvidoria, durante seu mandato, mas antes mesmo de entregá-lo, Paiani foi dispensado.
Denúncias à Ouvidoria
Carrion esteve por duas ocasiões na Ouvidoria. A primeira ocorreu em 16 de outubro de 2008, para prestar um depoimento referente aos acontecimentos no Parque Maurício Sirotsky, em Porto Alegre, quando uma mobilização foi violentamente reprimida pela Brigada Militar. A última ocorreu em 27 de outubro, quando o parlamentar levou a Paiani um dossiê denunciando a criminalização dos movimentos sociais.
Baseado em fotos e relatos, em especial dos ataques ocorridos na Praça da Matriz, durante a 13ª Marcha dos Sem, o dossiê foi entregue também à Secretaria Especial de Direitos Humanos, ao Ministério da Justiça e às Comissões de Direitos Humanos do Senado e da Câmara dos Deputados.
Isabela Soares
Na segunda-feira (16), às 17h30min, Carrion tem encontro com Paiani, na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Porto Alegre, para conversar sobre as denúncias.
O deputado Raul Carrion (PCdoB) afirmou que as denúncias do ex-Ouvidor da Segurança Pública, Adão Paiani, são de extrema gravidade e precisam ser apuradas com seriedade e isenção. O ex-Ouvidor denunciou, nesta sexta-feira (13), que o sistema Guardião, utilizado pela Secretaria da Segurança Pública para escutas telefônicas autorizadas judicialmente, está sendo usado para ''chantagem e pressão política'' pelo governo estadual.
Paiani entregou ao presidente da OAB, Cláudio Lamachia, um CD que conteria seis ligações telefônicas com conversas entre um integrante do Governo Yeda e pessoas do interior do Estado. Ele afirmou que o sistema está sendo usado de forma indevida e ilegal para a obtençao de cargos e de informações privilegiadas, entre outras vantagens.
A demissão de Paiani foi anunciada nesta terça-feira (10). A dispensa pegou de surpresa até mesmo o titular do cargo, que teria tido conhecimento da demissão a caminho de uma solenidade ao lado do Secretário da Segurança. Paiani foi indicado ouvidor durante a gestão do ex-secretário da Segurança, Enio Bacci. Em 9 de fevereiro, encerrou-se o mandato de dois anos de Paiani.
Em 19 de fevereiro, Paiani foi chamado para reunião com a Governadora Yeda Crusius, o secretário da Transparência, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, e o chefe de gabinete Ricardo Lied, para reunião, durante a qual foi convidado a permanecer à frente da Ouvidoria. Segundo relatos de Paiani, Yeda solicitou um relatório sobre as atividades da Ouvidoria, durante seu mandato, mas antes mesmo de entregá-lo, Paiani foi dispensado.
Denúncias à Ouvidoria
Carrion esteve por duas ocasiões na Ouvidoria. A primeira ocorreu em 16 de outubro de 2008, para prestar um depoimento referente aos acontecimentos no Parque Maurício Sirotsky, em Porto Alegre, quando uma mobilização foi violentamente reprimida pela Brigada Militar. A última ocorreu em 27 de outubro, quando o parlamentar levou a Paiani um dossiê denunciando a criminalização dos movimentos sociais.
Baseado em fotos e relatos, em especial dos ataques ocorridos na Praça da Matriz, durante a 13ª Marcha dos Sem, o dossiê foi entregue também à Secretaria Especial de Direitos Humanos, ao Ministério da Justiça e às Comissões de Direitos Humanos do Senado e da Câmara dos Deputados.
Isabela Soares
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