CNT-Sensus 2 - Por que uma diferença tão grande na comparação com o Datafolha?
segunda-feira, 1 de junho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
O QUE DIZ REINALDO AZEVEDO?
Leitores me perguntam como pode ser tão grande a diferença entre os números do Datafolha e do CNT-Sensus. Olhem, os especialistas encontrarão dezenas de explicações, todas elas, claro, destinadas a justificar as… pesquisas. Que desafiam a racionalidade, não duvidem. Ou vejamos.
As pesquisas foram feitas praticamente ao mesmo tempo. O eleitorado brasileiro deve andar aí pela casa de 127 milhões de pessoas. Na pesquisa do Datafolha, Dilma teria hoje 20.320.000 votos (16%); na do CNT-Sensus, 29.845.000 (23,5%) — uma diferença brutal: 9.525.000 eleitores. No que as duas pesquisas convergem? Dilma cresceu. Pode-se atribuir a distância a diferenças metodológicas? Sem dúvida: uma das metodologias está bem mais errada do que a outra. Ou as duas convergiriam para erros semelhantes, encontrando-se no meio? Vai saber.
Já no que diz respeito a Serra, a diferença em pontos percentuais é bem menor, não? No Datafolha, ele tem 38%; na do Sensus, 40,4%. Vejam que coisa. Na primeira, Serra teria 48.260.000 votos; na da Sensus, 51.308.000 — uma diferença de 3.048.000 votos. Num universo de eleitores, então, muito maior, a divergência, em número de votos, é inferior a um terço na comparação com os números de Dilma.
Desconfiança?
Não costumo, podem procurar, pôr resultado de pesquisa em dúvida. Até porque a imaginação dos que pensam em censurar esses levantamentos logo se excita. O fato de que acho que todos tentam acertar não me impede de apontar um problema real. “Ah, garanto que você acha que o Datafolha está mais certo”. Não! Não acho. Nem mesmo o fato de o Sensus estar confirmando agora, numa pesquisa para a CNT, os números da pesquisa que fez para o PT me levam a isso.
O que acho é que os institutos não podem, confortavelmente, se esconder nas tais “diferenças metodológicas”. Com diferença de 2 ou 3 pontos, vá lá. Com diferença de mais de 7 pontos num intervalo que vai, no máximo, a 23,5 pontos, bem, aí não dá. Aí estamos mais perto da adivinhação do que da ciência.
Leitores me perguntam como pode ser tão grande a diferença entre os números do Datafolha e do CNT-Sensus. Olhem, os especialistas encontrarão dezenas de explicações, todas elas, claro, destinadas a justificar as… pesquisas. Que desafiam a racionalidade, não duvidem. Ou vejamos.
As pesquisas foram feitas praticamente ao mesmo tempo. O eleitorado brasileiro deve andar aí pela casa de 127 milhões de pessoas. Na pesquisa do Datafolha, Dilma teria hoje 20.320.000 votos (16%); na do CNT-Sensus, 29.845.000 (23,5%) — uma diferença brutal: 9.525.000 eleitores. No que as duas pesquisas convergem? Dilma cresceu. Pode-se atribuir a distância a diferenças metodológicas? Sem dúvida: uma das metodologias está bem mais errada do que a outra. Ou as duas convergiriam para erros semelhantes, encontrando-se no meio? Vai saber.
Já no que diz respeito a Serra, a diferença em pontos percentuais é bem menor, não? No Datafolha, ele tem 38%; na do Sensus, 40,4%. Vejam que coisa. Na primeira, Serra teria 48.260.000 votos; na da Sensus, 51.308.000 — uma diferença de 3.048.000 votos. Num universo de eleitores, então, muito maior, a divergência, em número de votos, é inferior a um terço na comparação com os números de Dilma.
Desconfiança?
Não costumo, podem procurar, pôr resultado de pesquisa em dúvida. Até porque a imaginação dos que pensam em censurar esses levantamentos logo se excita. O fato de que acho que todos tentam acertar não me impede de apontar um problema real. “Ah, garanto que você acha que o Datafolha está mais certo”. Não! Não acho. Nem mesmo o fato de o Sensus estar confirmando agora, numa pesquisa para a CNT, os números da pesquisa que fez para o PT me levam a isso.
O que acho é que os institutos não podem, confortavelmente, se esconder nas tais “diferenças metodológicas”. Com diferença de 2 ou 3 pontos, vá lá. Com diferença de mais de 7 pontos num intervalo que vai, no máximo, a 23,5 pontos, bem, aí não dá. Aí estamos mais perto da adivinhação do que da ciência.
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