quarta-feira, 10 de junho de 2009

Deputados realizam coleta popular de assinaturas pela CPI do governo Yeda

Um grupo de 15 dos 17 deputados que assinaram o requerimento para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) a fim de investigar supostos atos de irregularidades no governo do Estado além dos desdobramentos da Operação Solidária, iniciaram hoje (10) uma coleta de assinaturas junto à população de cidades gaúchas, pedindo a realização da mesma.

Coletiva à imprensa anunciou coleta de assinaturas
Uma banca instalada no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, atraiu a atenção de populares que, em curto espaço de tempo, preencheram dezenas de folhas do abaixo-assinado. ''Não sei o que os deputados estão esperando para começar a investigar as denúncias. Quem não deve, não teme'', afirmou o aposentado Walter Ambrósio, um dos primeiros a assinar o manifesto.

O líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, acredita que a manifestação popular poderá levar os parlamentares que ainda estão indecisos a subscreverem o requerimento para a instalação da comissão de inquérito. "As pesquisas mostram que 80% dos gaúchos querem a abertura da investigação. A Assembleia não pode continuar ignorando o desejo majoritário da população", disse o deputado, que participou da coleta de assinaturas. Na assembléia, o objetivo é conseguir as 19 assinaturas de deputados necessárias para que seja instalada a investigação.
Raul Carrion (PCdoB) disse entender a CPI como um ato da cidadania, lembrando que cinco partidos da Casa já assinaram assinaram o pedido. ''Entendemos que quem é inocente e está sendo acusado deveria ser o maior interessado em esclarecer os fatos''.

O representante do PDT, deputado Gilmar Sossella, lembrou que seu partido, nesta legislatura, já teve duas participações importantes mencionando a CPI dos Pedágios e a CPI do Detran. ''Ficou clara a importância dessas investigações para a sociedade gaúcha. Novamente estamos dando importância neste caso e respeitando os colegas que ainda não assinaram. Continuaremos insistindo para que o partido se integre ao processo'', disse Sossella.

A intenção dos deputados é levar as listas de apoio à CPI para o interior. Entre os municípios que já tem agenda para coleta de assinaturas estão: São Borja, Uruguaiana, Itaqui, Alegrete, Livramento, Bossoroca, Cruz alta, Santa Rosa, Ernestina, Sanaduva, Lagoa Vermelha, David Canabarro, Ibiraiaras e Casseiros.

Vereadores do PMDB da capital defendem CPI do governo Yeda

Notícia publicada na terça-feira (9), no Blog RS Urgente, dá conta de que vereadores do PMDB da capital realizaram manifestação na segunda-feira (8), defendendo a instalação da CPI (O PMDB, na assembléia, não defende a criação da Comissão para investigar o governo Yeda, do qual é base de sustentação). Haroldo de Souza e Valter Nagelstein, líder do PMDB na Câmara Municipal de Porto Alegre e líder do governo Fogaça, respectivamente, defenderam também a saída do PMDB do governo estadual. Haroldo de Souza disse que já está na hora de a CPI acontecer.

''Eu acho que já está na hora de ela realmente acontecer no Palácio Piratini. É claro que o tempo passou, as provas não aparecerem, mas é evidente que existem, sim, complicações, no Ministério, na Procuradoria, enfim, onde estão sendo apuradas as irregularidades''. Segundo Haroldo de Souza, já existem indícios suficientes para uma CPI na Assembleia Legislativa.''Diante disso é que eu estou neste momento pedindo, em nome daqueles cidadãos do Rio Grande do Sul que a CPI da Assembleia Legislativa realmente possa ser implantada na capital do Rio Grande do Sul,'' insistiu.

Nagelstein pediu um aparte à manifestação de seu colega de partido e defendeu o desembarque do governo: ''Eu lhe pedi este aparte não para falar na condição de Líder do Governo, mas na condição de seu liderado do PMDB, de militante político, de militante partidário, que me somo à sua manifestação. Não é de hoje que defendo essa linha, e essa defesa tem sido pública. Volto a dizer, não estou falando como Líder do Governo, e tenho defendido, há muito tempo, que o PMDB deveria ter ficado naquele espaço que a população do Rio Grande do Sul definiu, ou seja, não era um Partido do Governo.

Nós não ganhamos o Governo e não deveríamos fazer parte deste Governo. E defendo há bastante tempo que o PMDB já tivesse desembarcado do Governo do Estado''.

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