sexta-feira, 17 de julho de 2009

NOTA OFICIAL DO SINDICATO DOS JORNALISTAS SOBRE O ATO DE YEDA NO DIA 16/07


O Estadão, o mais velho dos membros do PiG (*), deu na versão online a foto da governadora (?) do Rio Grande do Sul em que ela aparece como se estivesse atrás das grades, com o rosto crispado e o dedo indicador para baixo, imperial, acusador.
. A imagem de um governante acuado e desesperado.
. O Conversa Afiada observou que a foto retratava o espírito sereno, negociador, afável que os tucanos usam no governo e usarão na campanha de 2010
. Evoca, por exemplo, o que Zé Pedágio faz em São Paulo com professores, alunos, policiais, médicos, funcionários públicos em geral – a quem os tucanos, desde o Farol de Alexandria, dedicam propósitos terminais …
. A versão impressa do Estadão – em vias de extinção – escondeu a foto.
. E transformou a tresloucada Yeda numa negociadora serena e firme.
. A governadora (?) alucinada sumiu do Estadão.
. (Fugiu para a primeira página da Folha (**)…
. Note-se, aliás, que o jornal nacional também aplicou o sumiço da Yeda desesperada.
. Mostrou a pancadaria tucana – tucano adora bater em fraco -, mas escondeu o rosto da governadora alucinada.
. Não tem importância.
. A internet está aí para recolocar os fatos – e as imagens – no devido lugar.
Paulo Henrique Amorim

A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) repudiam a atitude da Brigada Militar no trato com a Imprensa. Várias equipes de reportagens tiveram seu trabalho cerceado na manhã dessa quinta-feira, durante o episódio ocorrido em frente ao número 806, da Rua Araruama, Vila Jardim, residência da governadora Yeda Crusius. No entendimento destas entidades, a ação dos policiais que retiraram e isolaram os profissionais durante o manifesto promovido pelo Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul nos remete aos anos de chumbo, quando jornalistas eram proibidos de exercerem seu trabalho.

Entendemos que vivemos em um estado democrático de direito e que nenhuma autoridade pode tentar calar a imprensa. Lembramos ainda que episódios como este tem se tornado rotineiro no Estado, em especial na cobertura dos movimentos sociais. O Sindicato e a ARI esclarecem ainda que muitos profissionais, apesar de não estarem vinculados aos veículos da grande mídia, integram a categoria profissional e também não podem ser impedidos de exercerem suas atividades, seja como free-lance, ou assessor de imprensa.

Este tipo de ocorrência fere a todos os profissionais em exercício no Rio Grande do Sul, pois tem o objetivo de cercear a liberdade de informar. As entidades cobram providências do Comando da Brigada Militar para que não se repitam mais atos como esse contra profissionais que estão a serviço da sociedade e da qualidade de informação. Num momento em que se debate a liberdade de expressão, o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e a Associação Riograndense de Imprensa querem que os jornalistas tenham o direito da liberdade profissional

* Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS

*Associação Riograndense de Imprensa

Nenhum comentário:

Marcadores