O prêmio da Paz Felix Houphouët-Boigny foi criado em 1989 e todos os anos é entregue a pessoas ou a organizações que promovem a paz.
Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, irá homenagear, nesta terça-feira, em Paris, na França, o presidente Luis Inácio Lula da Silva com a entrega do Prêmio da Paz Felix Houphouët-Boigny.
O prêmio da Unesco, criado em 1989, carrega o nome do primeiro presidente da Cote d'Ivore, antiga Costa do Marfim, e todos os anos é entregue a pessoas ou organizações que promovem a paz.
Presenças Ilustres
A solenidade aconterá na sede da Unesco e contará com a presença do presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, do primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, e do ex-secretário de estado americano, Henry Kissinger.
O líder interino do júri da Unesco, o ex-presidente de Portugal, Mario Soares, falou à Rádio ONU sobre o trabalho social de Lula e a busca da paz no Brasil e na América Latina.
"Ele recebeu o prêmio por ser uma pessoa de paz. E por ser uma pessoa que quer o desenvolvimento de seu país e sobretudo assegurar o fim da distância entre os brasileiros ricos e pobres. Ele vem promovendo o equilíbrio social no Brasil, a paz entre as diferentres etnias e tem feito muito pela paz na América Latina" disse.
Agraciados
A galeria de contemplados com o prêmio da paz da Unesco inclui o rei da Espanha, Juan Carlos, o ex-presidente da África do Sul e prêmio Nobel da paz, Nelson Mandela, e o ex-presidente americano Jimmy Carter.
O Prêmio pela paz Félix Houphouët-Boigny foi criado em 1990 pela UNESCO:
- "para honrar pessoas e atividades de entidades públicas ou privadas, ou instituições que deram uma significativa contribuição para promover, buscar, salvaguardar ou manter a paz em conformidade com a Carta das Nações Unidas e a Constituição da UNESCO."
O prêmio possui o nome de Félix Houphouët-Boigny, ex-presidente da Costa do Marfim. É entregue anualmente, podendo não ser conferido. O prêmio é de 122 mil euros, sendo dividido em partes iguais no caso de vários vencedores. O único brasileiro que recebeu o prêmio foi o Presidente LULA, no ano de 2009
Premiados
1991
Nelson Mandela
África do Sul
"Pela sua contribuição à paz internacional, por encorajá-los a continuarem com o esforço e como tributo ao que fez para educar seu povo em direção ao entendimento e a superação dos preconceitos que muitos não teriam pensado há anos atrás"
Frederik Willem de Klerk
1992
Hague Academy of International Law
Holanda
"Nós acreditamos que o mundo está em uma nova fase da relações internacionais. Muito diferente do que saímos há pouco (...) e nós estamos convencidos que o direito internacional deve ter um papel mais importante na resolução de disputas internacionais e na solução de problemas internacionais."
1993
Yitzhak Rabin
Israel
""Concluiu-se este ano que, naturalmente, o mais dramático e mais importante evento foi o acordo entre os palestinos e Israel, e a nossa comisão tem, portanto, conferido Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny para o Primeiro-Ministro Yitzhak Rabin e ao Ministro das Relações Exteriores Shimon Peres do lado israelita, e ao presidente Yasser Arafat para a Organização de Libertação da Palestina"."
Shimon Peres
Yasser Arafat
Palestina
1994
Juan Carlos I of Spain
Espanha
"(...) O Rei da Espanha, pelo seu papel na garantia da transição democrática, pela sua contínua contribuição pela proteção das minorias na transição democrática, e pelo papel internacional de conciliação que a Espanha tem atuado. A Carter, pela sua qualidade como presidente da Fundação Carter e pela sua contribuição pela busca da paz em diferentes partes do mundo e (...) continuando a contribuir antes mesmo do governo do seu país tê-lo chamado para o fazer."
Jimmy Carter
Estados Unidos da América
1995
Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
Suíça
"Nós concordamos anonimamente em dar um duplo prêmio ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados pelo trabalho que tem feito, e para a Comissária de Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Senhora Ogata, pela qualidade que ela adicionou à missão foi assinada por ela, pela excelência do trabalho e pela preocupação com os refugiados."
Sadako Ogata
Japão
1996
Álvaro Enrique Arzú Irigoyen
Guatemala
Rolando Morán
1997
Fidel V. Ramos
Filipinas
"Premiamos com o Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny conjuntamente o Presidente Fidel V. Ramos das Filipinas e o Senhor Nur Misuari, o Presidente da Frente de Libertação Nacional Moro pelo acordo que conlui com o fim do conflito em 2 de setembro de 1996 entre o Governo das Filipinas e a Frente de Libertação Nacional Moro."
Nur Misuari
1998
Sheikh Hasina
Bangladesh
"Na premiação de 1998 para Sheik Hasina, Primeiro Ministro da Repúblico Popular de Bangladesh, que assinou em 2 de dezembro de 1997 um acordo de paz que pôs fim a 25 anos de guerra civil, e ao Senador George J. Mitchell cujo trabalho permitiu as principais intervenções na crise irlandesa para a assinatura do Acordo de Belfast, o Júri quis chamar a atenção para os esforços desenvolvidos na busca da paz através do diálogo e da negociação."
George J. Mitchell
Estado Unidos da América
1999
Comunidade de Sant'Egidio
Itália
"Fazemos isso em reconhecimento aos esforços para a consecuão de um entendimento ecumênico entre todas as religiões, seus esforços na concilição na Argélia, Moçambique, Guiné-Bissau e Iuguslávia, pela contribuição ao entendimento humano e da eliminação das fontes de conflitos religiosos, políticos e étnicos."
2000
Mary Robinson
Irlanda
"Nós decidimos premiar com o Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny à senhora Mary Robinson, Alta Comissariada das Nações Unidas para os Direitos Humanos, pela sua grande contribuição na defesa e promoção dos Direitos Humanos. A decisão, claro, foi unânime."
2001
Não Premiado
2002
Kay Rala Xanana Gusmão
Timor Leste
"Estamos honrados em conferir o Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny em sua edição de 2002 ao Presidente Xanana Gusmão pela sua contribuição na luta pela diginidade humana e por sua conduta que elevou o espírito humano não só em sua região, mas no mundo.
2003
Roger Etchegaray
França
Mustafa Cerić
Bósnia e Herzegovina
2004
Não Premiado
2005
Abdoulaye Wade
Senegal
2006
Não Premiado
2007
Martti Ahtisaari
Finlândia
2009
Luiz Inácio Lula da Silva
Brasil
"Nós acreditamos que o mundo está em uma nova fase da relações internacionais. Muito diferente do que saímos há pouco (...) e nós estamos convencidos que o direito internacional deve ter um papel mais importante na resolução de disputas internacionais e na solução de problemas internacionais."
""Concluiu-se este ano que, naturalmente, o mais dramático e mais importante evento foi o acordo entre os palestinos e Israel, e a nossa comisão tem, portanto, conferido Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny para o Primeiro-Ministro Yitzhak Rabin e ao Ministro das Relações Exteriores Shimon Peres do lado israelita, e ao presidente Yasser Arafat para a Organização de Libertação da Palestina"."
"(...) O Rei da Espanha, pelo seu papel na garantia da transição democrática, pela sua contínua contribuição pela proteção das minorias na transição democrática, e pelo papel internacional de conciliação que a Espanha tem atuado. A Carter, pela sua qualidade como presidente da Fundação Carter e pela sua contribuição pela busca da paz em diferentes partes do mundo e (...) continuando a contribuir antes mesmo do governo do seu país tê-lo chamado para o fazer."
"Nós concordamos anonimamente em dar um duplo prêmio ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados pelo trabalho que tem feito, e para a Comissária de Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Senhora Ogata, pela qualidade que ela adicionou à missão foi assinada por ela, pela excelência do trabalho e pela preocupação com os refugiados."
"Premiamos com o Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny conjuntamente o Presidente Fidel V. Ramos das Filipinas e o Senhor Nur Misuari, o Presidente da Frente de Libertação Nacional Moro pelo acordo que conlui com o fim do conflito em 2 de setembro de 1996 entre o Governo das Filipinas e a Frente de Libertação Nacional Moro."
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