Empresário descreve, segundo o 'Zero Hora', 20 supostas denúncias de irregularidades na campanha de 2006
O procurador da República Alexandre Schneider enviou à Procuradoria-Geral (PGR), em Brasília, ofício em que o empresário Lair Ferst descreve 20 denúncias de irregularidades cometidas durante a campanha eleitoral da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), no início de seu mandato. O documento foi reproduzido hoje pelo jornal Zero Hora. Ferst identifica-se no relato como um dos coordenadores de campanha de Yeda, informação negada pelo PSDB.
Entre as denúncias formuladas pelo empresário, está uso de caixa dois durante a campanha, a compra de uma casa por Yeda por valor superior ao declarado - adquirida no dia 6 de dezembro de 2006, pouco antes de assumir o cargo - e o suposto pagamento de propina a integrantes do governo ligados ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Na semana passada, a assessoria do procurador-geral Antônio Fernando de Souza informou que ele analisava documentos sigilosos sobre a governadora.
Segundo Ferst, a casa de Yeda foi comprada por R$ 1 milhão, em vez dos R$ 750 mil previstos em contrato, e a diferença foi paga com caixa dois. O Ministério Público Estadual (MPE) recebeu representação sobre a compra da casa, formulada pela oposição.
A governadora Tucana do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), emitiu nota nesta segunda-feira, 6, em que reafirma a "obrigação de responsabilizar os que na ânsia de atacar e agredir afrontam a verdade e violentam a imagem de pessoas e instituições". A nota não especifica quais seriam os alvos do governo, que hoje foi sacudido pela divulgação de que o Ministério Público Federal enviou para a Procuradoria-Geral do órgão, em Brasília, relato do empresário Lair Ferst com 20 supostas irregularidades na campanha eleitoral e na gestão tucana.
"Todas as supostas denúncias são fatos já mencionados no passado, sem qualquer comprovação, com o claro objetivo de criar dúvida e estabelecer desconfiança na relação do governo com a sociedade", prossegue a nota, acrescentando que as contas da campanha eleitoral foram "julgadas, auditadas pelos órgãos competentes e aprovadas, o que permitiu a diplomação da governadora". A nota também afirma que o governo "aguarda com serenidade o desenvolvimento das investigações, confiando que a Justiça seja feita e respeitando todos os princípios democráticos".
O empresário Lair Ferst cita, em seu relato, uso de caixa 2 durante a campanha, afirma que Yeda comprou uma casa por valor superior ao declarado - adquirida no dia 6 de dezembro de 2006, pouco antes que ela assumisse o cargo - e que houve pagamento de propina a integrantes do governo ligados ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Nenhum comentário:
Postar um comentário