O senador Pedro Simon (PMDB-RS) encaminhou hoje (4) à Corregedoria do Senado requerimento pedindo que o senador Fernando Collor (PTB-AL) seja interpelado sobre as insinuações de que saberia de fatos "extremamente incômodos" para o parlamentar gaúcho. Caso Collor não se pronuncie, Simon não descarta a hipótese de denunciá-lo ao Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.
As insinuações foram feitas ontem (3), quando Color fez um aparte ao discurso de Simone em plenário, no qual o peemedebista pedia o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado.
O discurso provocou um bate-boca entre o o senador gaúcho, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e Collor. Durante a discussão, Simon afirmou que Calheiros teria feito um acordo com Collor na China, quando ele era presidente da República, e depois o abandonou na véspera do impeachment.
Visivelmente irritado, Collor pediu que Simon engolisse e digerisse as palavras e que não mais pronunciasse o seu nome. "Peço a Vossa Excelência, com todo o respeito que me merecia e como sempre o tratei, que, por gentileza, evite pronunciar o meu nome nesta Casa, porque a próxima vez que eu tiver que pronunciar o nome de Vossa Excelência nesta Casa, provocado por alguma palavra mal posta desta tribuna, ou da sua poltrona, gostaria de relembrar alguns fatos, alguns momentos, talvez extremamente incômodos, mas que eu acho que seria de muito interesse da Nação brasileira conhecer", ameaçou o parlamentar alagoano.
Simon pediu que Collor falasse quais seriam esses fatos. O senador do PTB respondeu que faria isso quando achasse oportuno.
A assessoria de Simon informou à Agência Brasil que, inicialmente, encaminhou requerimento à presidência do Senado para fosse determinado ao corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), que interpelasse Collor. No entanto, a presidência informou a Simon que o pedido teria que ser feito diretamente à Corregedoria.
Caso Collor não esclareça as insinuações, a assessoria de Simon diz que não descarta a possibilidade de apresentar uma denúncia contra ele por quebra de decoro parlamentar ao Conselho de Ética do Senado.
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