Nesta quarta (12), o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), dará parecer sobre o arquivamento ou não da representação contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), acusado de manter um funcionário do seu gabinete no exterior recebendo salários da Casa e pelo empréstimo suspeito de US$ 10 mil do ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, para o pagamento de um cartão de crédito no exterior.
Comentários de bastidores dão como certo um acordo para salvar do processo de cassação tanto Sarney quanto Arthur. Os principais articuladores desse entendimento seriam os líderes do governo, Romero Jucá (PMDB-RR); do PMDB, Renan Calheiros (AL); do PT, Aloízio Mercadante, e o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
Mercadante negou que estivesse havendo qualquer negociação nesse sentido. "Estamos fazendo a análise criteriosa de caso a caso, com responsabilidade, consistência e equilíbrio, para respaldar a convicção dos representantes da bancada no Conselho de Ética", afirmou o líder do PT.
"Desde o começo da crise temos nos posicionado pela licença do senador José Sarney da presidência do Senado como sendo um gesto de grandeza. Desde o começo da crise também temos alertado que não vamos tomar nenhuma decisão açodada, com pressa e sem fundamento. Não mudamos de lado em qualquer momento", disse.
Mercadante também reconheceu que os senadores do partido no Conselho podem votar com base nas suas convicções, porém, disse que a bancada trabalha para o alinhamento da posição. "Queremos que os senadores tenham segurança em suas decisões", disse. Segundo ele, nenhum até agora pediu afastamento do colegiado.
Questionado sobre a condição do PT como fiel da balança nas decisões do Conselho, uma vez que os três votos do partido somado aos cinco da oposição garante o número necessário para desarquivamento das ações, Mercadante negou essa condição. "Fiel da balança é ter critérios e princípios. Não fomos nós que transformamos em crise a disputa política partidária-eleitoral. O Conselho de Ética não pode fazer injustiça e muito menos omitir denúncias", afirmou.
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