Em Minas, não é a primeira vez que a pressa em grande obra compromete sua estrutura. Parque da Gameleira é um exemplo
Ainda está na memória dos mineiros, principalmente dos belorizontinos, o desastre ocorrido na década de 70 conhecido mundialmente como “desastre da Gameleira”.
O gigantesco Parque de Exposição, que estava sendo construído pelo governo de Minas a “toque de caixa”, veio abaixo, no momento em que os operários descansavam, no intervalo do almoço.
Foi um massacre, uma verdadeira carnificina.
O acidente até hoje pouco explicado deixou vítimas sepultadas no meio do emaranhado de ferro e concreto em que se transformou o local.
O governo do Estado, responsável pela pressa na execução da obra, tirou o corpo fora, transferindo a culpa para “erro de cálculo”.
Nenhum administrador público envolvido no “desastre da Gameleira” foi punido.
Alguns bombeiros que heroicamente atuaram no resgate das vítimas, respeitosamente afirmaram à época: “Embora tenham existido mortes, graças a Deus, relativamente foram poucas. Imaginem se o pavilhão desabasse após a inauguração, em uma feira, com centenas de pessoas presentes ao evento?”.
Novamente, trinta anos depois, possivelmente outro idêntico acidente está prestes a acontecer.
Desta vez, um dos prédios do Centro Administrativo, construído no antigo local do Jóquei Clube de Minas Gerais, pelo governo de Minas, igualmente a “toque de caixa”, está afundando.
Laudo já foi feito comprovando o afundamento da obra em 13 centímetros.
“Evidente que uma construção em concreto não tem condição de suportar esta instabilidade estrutural”, disse um engenheiro, que teve acesso ao laudo.
Porém, esta é uma opinião isolada, emitida após indagação da reportagem de Novojornal.
Oficialmente, ainda nada foi dito a respeito pelas autoridades governamentais.
Engenheiros procurados por Novojornal afirmam que a interdição do prédio, no mínimo, já deveria ter sido feita, para o estudo de uma solução.
A conclusão destes engenheiros é coerente, ao questionarem: “Se o prédio sem os móveis, e outra carga, inclusive humana, afundou 13 centímetros, imagine quando estiver todo mobiliado, com carga total?”
Nestes casos, avaliam: “O ideal é a demolição”.
Nenhuma autoridade do governo mineiro quer comentar a questão.
A imprensa está literalmente “proibida” de tocar no assunto. Igualmente, a Assembleia Legislativa e o Ministério Público mineiro.
A justificativa para este comportamento é o medo da reação do governador Aécio Neves, que vem utilizando o Centro Administrativo como símbolo de sua imagem de grande realizador.
Evidente que ainda não pesa sobre o mesmo qualquer culpa. A não ser a insistência pela inauguração da obra antes de deixar o governo.
É natural esta vontade do governador, porém desde que para a realização da mesma não seja exigido, inclusive, sacrifício humano.
Quanto às demais autoridades, de nada adianta este comportamento de subserviência e medo, pois o mesmo beira à irresponsabilidade.
Melhor tomar as medidas necessárias, antes que vidas humanas sejam perdidas.
Nota à imprensa
O Consórcio Andrade Gutierrez/Via/Barbosa Mello esclarece que não procede a informação de que houve afundamento do prédio a cargo do consórcio no Centro Administrativo de Minas Gerais e informa que o andamento da obra segue em ritmo normal.
O gigantesco Parque de Exposição, que estava sendo construído pelo governo de Minas a “toque de caixa”, veio abaixo, no momento em que os operários descansavam, no intervalo do almoço.
Foi um massacre, uma verdadeira carnificina.
O acidente até hoje pouco explicado deixou vítimas sepultadas no meio do emaranhado de ferro e concreto em que se transformou o local.
O governo do Estado, responsável pela pressa na execução da obra, tirou o corpo fora, transferindo a culpa para “erro de cálculo”.
Nenhum administrador público envolvido no “desastre da Gameleira” foi punido.
Alguns bombeiros que heroicamente atuaram no resgate das vítimas, respeitosamente afirmaram à época: “Embora tenham existido mortes, graças a Deus, relativamente foram poucas. Imaginem se o pavilhão desabasse após a inauguração, em uma feira, com centenas de pessoas presentes ao evento?”.
Novamente, trinta anos depois, possivelmente outro idêntico acidente está prestes a acontecer.
Desta vez, um dos prédios do Centro Administrativo, construído no antigo local do Jóquei Clube de Minas Gerais, pelo governo de Minas, igualmente a “toque de caixa”, está afundando.
Laudo já foi feito comprovando o afundamento da obra em 13 centímetros.
“Evidente que uma construção em concreto não tem condição de suportar esta instabilidade estrutural”, disse um engenheiro, que teve acesso ao laudo.
Porém, esta é uma opinião isolada, emitida após indagação da reportagem de Novojornal.
Oficialmente, ainda nada foi dito a respeito pelas autoridades governamentais.
Engenheiros procurados por Novojornal afirmam que a interdição do prédio, no mínimo, já deveria ter sido feita, para o estudo de uma solução.
A conclusão destes engenheiros é coerente, ao questionarem: “Se o prédio sem os móveis, e outra carga, inclusive humana, afundou 13 centímetros, imagine quando estiver todo mobiliado, com carga total?”
Nestes casos, avaliam: “O ideal é a demolição”.
Nenhuma autoridade do governo mineiro quer comentar a questão.
A imprensa está literalmente “proibida” de tocar no assunto. Igualmente, a Assembleia Legislativa e o Ministério Público mineiro.
A justificativa para este comportamento é o medo da reação do governador Aécio Neves, que vem utilizando o Centro Administrativo como símbolo de sua imagem de grande realizador.
Evidente que ainda não pesa sobre o mesmo qualquer culpa. A não ser a insistência pela inauguração da obra antes de deixar o governo.
É natural esta vontade do governador, porém desde que para a realização da mesma não seja exigido, inclusive, sacrifício humano.
Quanto às demais autoridades, de nada adianta este comportamento de subserviência e medo, pois o mesmo beira à irresponsabilidade.
Melhor tomar as medidas necessárias, antes que vidas humanas sejam perdidas.
Nota à imprensa
O Consórcio Andrade Gutierrez/Via/Barbosa Mello esclarece que não procede a informação de que houve afundamento do prédio a cargo do consórcio no Centro Administrativo de Minas Gerais e informa que o andamento da obra segue em ritmo normal.
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