Jornal publicou documento com denúncias de empresário sobre campanha.
Em nota, governo diz que contas de campanha foram aprovadas.
O PSOL anunciou nesta segunda-feira (6) que pedirá à Justiça Federal o bloqueio dos bens da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), do ex-marido dela, Carlos Crusius, e de um ex-secretário do governo.
O pedido é motivado por reportagem do jornal "Zero Hora" que apresentou documento com denúncias do empresário Lair Ferst, antigo aliado tucano que ajudou a captar recursos para a campanha de Yeda em 2006. Ele é réu em processo sobre fraude milionária do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS).
O documento apresentado teria sido encaminhado por Ferst ao Ministério Público Federal com 20 supostas irregularidades na campanha de Yeda e no início do governo. Entre as denúncias, que teriam sido repassadas para a Procuradoria-Geral da República, estariam a compra da casa de Yeda e acusações de caixa 2.
O presidente do PSOL no estado, Roberto Robaina, disse que as denúncias "reforçam a necessidade de um impeachment", pedido que foi apresentado anteriormente à Assembleia Legislativa do RS e arquivado. Segundo Robaina, o partido recorreu da decisão e agora os deputados terão que analisar novamente a solicitação do PSOL.
Em nota, o governo disse que as denúncias são fatos antigos, sem comprovação e que as contas de campanha de Yeda foram aprovadas. A assessoria da governadora disse que não se pronunciaria sobre o pedido do PSOL. Em entrevista anterior, o ex-marido de Yeda negou acusações de caixa 2.
Veja a íntegra da nota do governo:
"Em face das informações publicadas no jornal Zero Hora de 6 de julho corrente, o Governo do Estado, em respeito à democracia e à população do Rio Grande do Sul esclarece que:
1º. Não há nada de novo na divulgação do referido jornal.
2º. Todas as supostas denúncias são fatos já mencionados no passado, sem qualquer comprovação, com o claro objetivo de criar dúvida e estabelecer desconfiança na relação do Governo com a sociedade;
3º. A eleição terminou. Todas as contas da campanha eleitoral foram julgadas, auditadas pelos órgãos competentes e aprovadas, o que permitiu a diplomação da Governadora. As mesmas estão à disposição no Portal do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul.
4º. Em relação à compra da casa, o fato já foi investigado pelo Ministério Público Estadual, que determinou o arquivamento da investigação dado a legalidade comprovada pela análise da farta documentação disponibilizada pela Governadora.
5º. O Governo continua empenhado em manter a governabilidade do Estado e garantir o cumprimento de suas responsabilidades na gestão dos serviços públicos.
6ª. Celebrando o pleno Estado de Direito vigente no País, o Governo do Estado aguarda com serenidade o desenvolvimento das investigações, confiando que a Justiça seja feita e, respeitando todos os princípios democráticos, reafirma sua obrigação de responsabilizar os que na ânsia de atacar e agredir afrontam a verdade e violentam a imagem de pessoas e instituições."
A Procuradoria da República no Rio Grande do Sul também divulgou nota sobre o assunto, mas não confirmou o teor das denúncias.
"Os Procuradores da República que compõem a Força Tarefa atuante no caso DETRAN/UFSM vêm a público dizer que:
1) A divulgação de dados sigilosos sob investigação, que distingue-se da informação ao público, além de ser crime, perturba e dificulta a apuração dos fatos e a colheita de elementos de prova a subsidiar as ações do MPF, em juízo ou fora dele, gerando, além de risco a pessoas, impunidade.
2) Os fatos pertinentes à denominada Operação Rodin estão em apuração nos autos das ações criminais e de improbidade administrativa em trâmite perante a 3ª Vara Criminal de Santa Maria, nos limites dados pelo compartilhamento de informações autorizado judicialmente e pela necessidade de garantia do resguardo de sigilo de dados imposta pelo devido processo legal.
3) A apuração criminal decorrente dos fatos publicados, no que envolve pessoas com prerrogativa de foro, refoge às atribuições dos Procuradores da República que integram a Força Tarefa."
Em nota, governo diz que contas de campanha foram aprovadas.
O PSOL anunciou nesta segunda-feira (6) que pedirá à Justiça Federal o bloqueio dos bens da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), do ex-marido dela, Carlos Crusius, e de um ex-secretário do governo.
O pedido é motivado por reportagem do jornal "Zero Hora" que apresentou documento com denúncias do empresário Lair Ferst, antigo aliado tucano que ajudou a captar recursos para a campanha de Yeda em 2006. Ele é réu em processo sobre fraude milionária do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS).
O documento apresentado teria sido encaminhado por Ferst ao Ministério Público Federal com 20 supostas irregularidades na campanha de Yeda e no início do governo. Entre as denúncias, que teriam sido repassadas para a Procuradoria-Geral da República, estariam a compra da casa de Yeda e acusações de caixa 2.
O presidente do PSOL no estado, Roberto Robaina, disse que as denúncias "reforçam a necessidade de um impeachment", pedido que foi apresentado anteriormente à Assembleia Legislativa do RS e arquivado. Segundo Robaina, o partido recorreu da decisão e agora os deputados terão que analisar novamente a solicitação do PSOL.
Em nota, o governo disse que as denúncias são fatos antigos, sem comprovação e que as contas de campanha de Yeda foram aprovadas. A assessoria da governadora disse que não se pronunciaria sobre o pedido do PSOL. Em entrevista anterior, o ex-marido de Yeda negou acusações de caixa 2.
Veja a íntegra da nota do governo:
"Em face das informações publicadas no jornal Zero Hora de 6 de julho corrente, o Governo do Estado, em respeito à democracia e à população do Rio Grande do Sul esclarece que:
1º. Não há nada de novo na divulgação do referido jornal.
2º. Todas as supostas denúncias são fatos já mencionados no passado, sem qualquer comprovação, com o claro objetivo de criar dúvida e estabelecer desconfiança na relação do Governo com a sociedade;
3º. A eleição terminou. Todas as contas da campanha eleitoral foram julgadas, auditadas pelos órgãos competentes e aprovadas, o que permitiu a diplomação da Governadora. As mesmas estão à disposição no Portal do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul.
4º. Em relação à compra da casa, o fato já foi investigado pelo Ministério Público Estadual, que determinou o arquivamento da investigação dado a legalidade comprovada pela análise da farta documentação disponibilizada pela Governadora.
5º. O Governo continua empenhado em manter a governabilidade do Estado e garantir o cumprimento de suas responsabilidades na gestão dos serviços públicos.
6ª. Celebrando o pleno Estado de Direito vigente no País, o Governo do Estado aguarda com serenidade o desenvolvimento das investigações, confiando que a Justiça seja feita e, respeitando todos os princípios democráticos, reafirma sua obrigação de responsabilizar os que na ânsia de atacar e agredir afrontam a verdade e violentam a imagem de pessoas e instituições."
A Procuradoria da República no Rio Grande do Sul também divulgou nota sobre o assunto, mas não confirmou o teor das denúncias.
"Os Procuradores da República que compõem a Força Tarefa atuante no caso DETRAN/UFSM vêm a público dizer que:
1) A divulgação de dados sigilosos sob investigação, que distingue-se da informação ao público, além de ser crime, perturba e dificulta a apuração dos fatos e a colheita de elementos de prova a subsidiar as ações do MPF, em juízo ou fora dele, gerando, além de risco a pessoas, impunidade.
2) Os fatos pertinentes à denominada Operação Rodin estão em apuração nos autos das ações criminais e de improbidade administrativa em trâmite perante a 3ª Vara Criminal de Santa Maria, nos limites dados pelo compartilhamento de informações autorizado judicialmente e pela necessidade de garantia do resguardo de sigilo de dados imposta pelo devido processo legal.
3) A apuração criminal decorrente dos fatos publicados, no que envolve pessoas com prerrogativa de foro, refoge às atribuições dos Procuradores da República que integram a Força Tarefa."
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