O Brasil, que há muitos anos persegue um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, assinala o jornalista de El País,"falará com a autoridade de quem chega com os deveres muito bem feitos". Recorda Baron que a crise financeira global, cujo impacto sobre nós foi grande no final do ano passado, já não seria mais do que uma má recordação: "O Brasil se recuperou com rapidez e dinamismo e prevê-se que fechará este ano com um crescimento bem superior ao dos demais membros do G-20".
O tema crucial para Lula será a reforma dos organismos financeiros internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, "que Brasília considera totalmente obsoletos e nada representativos da nova ordem planetária". Destaca Barón que quando a crise mundial chegou a seu clímax o Brasil anunciou um empréstimo ao FMI de US$ 10 bilhões, passando dessa maneira a integrar o seleto grupo de sócios 'doadores' da instituição.
Sobre esse assunto, Lula declarou à Agência France Press que não se poderia ter outra reunião do G-20 sem uma decisão sobre o assunto: "Colocamos dinheiro nosso no Fundo e quero saber se os outros países fizeram o mesmo". Dessa maneira, prossegue a matéria, "o Brasil se prepara para uma semana de ofensiva diplomática para consolidar sua condição de líder regional sul-americano e de novo ator de transcendência no panorama internacional".
Pedro Botelho
Para Agência Estado
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