A surpresa é a nova forma de desdizer o que disse, sem precisar fazer auto-crítica.
"Eu previ tudo certinho, Flavinha, mas a economia brasileira está uma caixinha de surpresas.
No tempo do Fernando Henrique era tudo previsível, já no do Lula é essa esculhambação...", disse ela em conversa informal com a (melhor) jornalista do Globo: Flávia Oliveira.
É o Festival de Surpresas Primavera 2009, Dona Míriam...
Olhem a jóia encontrada no meio do feno, quer dizer, do texto:
"A taxa de desemprego deve encerrar o ano em 7,5% da População Economicamente Ativa (PEA), muito acima da taxa de 6,8% de dezembro do ano passado, avalia o economista. Mas o número não deixa de ser positivo, considerando que o mercado chegou a apostar no desemprego em dois dígitos."
O ponto alto da auto-crítica não explicitada é o segundo parágrafo.
O "mercado" apostou numa taxa de desemprego de dois dígitos (acima de 10%) e deve ficar MUITÍSSIMO ABAIXO, ou seja, em 7,5%.
(Digo isso, porque no parágrafo anterior está escrito que 7,5% está MUITO ACIMA de 6,8%.)
Tem mais:
"Para Luis Otávio, se os números do IBGE continuarem surpreendendo o mercado neste e nos próximos meses é possível que as projeções para o desemprego neste ano caminham para a mesma taxa do ano passado, de 6,8%"
Como é que é? São os números do IBGE e não a economia real que está surpreendendo o mercado?
É ou não é uma maneira inteligente de dizer que as previsões sempre estiveram corretas mas o mercado está sendo surpreendido pelos números do IBGE?
Então, se a taxa de desemprego ficar em 6,8% de que tamanho é esse erro, de mais de 3,2%?
Trata-se de um erro SUPER-MEGA-MUITÍSSIMO ALTO, ou não?
Se os economistas do "mercado" e a Míriam Leitão ganhassem pela quantidade de acertos em suas previsões estariam pedindo esmola na esquina da Presidente Vargas com a Rio Branco.
...
Postado por Augusto da Fonseca no FBI - Festival de Besteiras da <http://festivaldebesteirasdaimprensa.blogspot.com/2009/09/miriam-leitao-desdiz-tudo-o-que-disse.html> Imprensa
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