terça-feira, 15 de setembro de 2009

Os órfãos da hipocrisia política


Do Valor Econômico

Por Vandson Lima

No fim da cerimônia, que contou com simpatizantes ilustres do partido, como o jogador Ronaldo, do Corinthians, o apresentador de TV Luciano Huck e o comediante Tom Cavalcante – que segundo Aécio, é além de um grande artista, “um pensador sobre o país” -, Serra foi abordado por dois meninos de rua. O governador, buscando simpatia, puxou conversa, perguntando para que times de futebol eles torciam. Só que Cainã e Caique foram cobrá-lo por uma promessa não cumprida: em uma visita a uma comunidade carente da Barra Funda, Serra garantiu aos garotos que lhes daria pipas e peões. Desconversando, Serra perguntou onde moravam, para envio dos presentes, e a resposta não poderia ter sido mais constrangedora: “na rua, aqui na [Avenida]Rebouças, pertinho. Mora bastante gente lá”. O governador sacou algumas notas do bolso, deu aos meninos e foi embora.

Comentário

Essa hipocrisia não é prerrogativa do governador de São Paulo. É intrínseca ao jogo político de um tipo de política em que o pobre é convidado para os restos de banquete apenas em períodos eleitorais.

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