Bancária volta ao local do desabamento do Rodoanel e conta como foi acidente
Luana Coradi, de 21 anos, sobreviveu à queda de vigas de 85 toneladas.
Outras duas vítimas permaneciam internadas até a tarde deste domingo.
A bancária Luana Augusto Coradi, de 21 anos, voltou ao km 279 da Rodovia Régis Bittencourt na tarde deste domingo (15) e mostrou ao G1 como foram os momentos que antecederam o desabamento de três vigas do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas sobre seu carro, na noite de sexta-feira (13). "Não gosto mais de ficar embaixo de nenhuma ponte", afirmou, em tom de brincadeira. A motorista, que utiliza o trecho todos os dias para ir à faculdade de administração e à casa do namorado, Thomaz José Angelo, disse que vai evitar passar pela Régis Bittencourt quando novas vigas estiverem sendo colocadas.
Luana, que sobreviveu ao acidente com apenas algumas lesões leves nos joelhos e no ombro, afirma que sonhou com o carro batendo e com a ponte caindo. Ela acordou sentindo dores musculares e anda com certa dificuldade. O carro que ela dirigia, um Renault Clio, foi atingido por uma viga de 85 toneladas e capotou. Os médicos recomendaram a Luana cinco dias de repouso. "Tudo ainda está muito forte na minha cabeça. Todas as lembranças ainda muito frescas", afirmou.
Luana fala sobre momentos que antecederam choque com pilastras do Rodoanel que despencaram sobre rodovia Régis Bittencourt (Foto: Roney Domingos/ G1)
Além de Luana, outras duas pessoas tiveram seus veículos atingidos pelas vigas e ficaram feridas: o ferramenteiro Carlos Fernando Rangel e o caminhoneiro Reginaldo Aparecido Pereira.
O ferramenteiro passou por avaliação do ortopedista na manhã deste domingo e na segunda-feira (16) passará por nova avaliação da equipe cirúrgica, de acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Alvorada. Rangel, que teve o veículo Celta esmagado pelas pilastras, teve apenas uma fratura no pulso esquerdo. De acordo com o hospital ela passa bem e está internado em um quarto normal.
Pereira, de 40 anos, teve politrauma e está internado no Hospital Geral de Pirajussara, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Segundo um boletim médico divulgado na noite de sábado pela secretaria, seu estado de saúde é considerado bom.
O governo do Estado de São Paulo informou que o consórcio responsável pelas obras do Rodoanel terá de indenizar as vítimas, se ficar comprovada a responsabilidade das empresas no acidente. O viaduto tem 680 metros. Cada viga tinha 45 metros de comprimento e pesava 85 toneladas. Elas despencaram de uma altura de 20 metros, atingindo dois carros e um caminhão.
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