O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse, nesta sexta-feira (6), que um laudo do Instituto Nacional de Criminalística confirma que são autênticas as assinaturas do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no recibo, no valor de R$4,5 milhões, emitido por Marcos Valério.
Pela manhã, em entrevista coletiva, o senador acusado de crime de peculato e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como mensalão mineiro, disse que o ministro havia utilizado um recibo falso para aceitar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República. Segundo Azeredo, o recibo que comprovaria que ele recebeu dinheiro de Marcos Valério nunca existiu.
"Ao tomar conhecimento desse recibo, a defesa do acusado silenciou-se por completo sobre esse documento importantíssimo. A perícia do Instituto Nacional de Criminalística confirmou autenticidade das rubricas, inexistência de fraude documental, montagem, adulteração e outros vícios", disse o ministro relator do processo, que votou pelo acatamento da denúncia de crime de peculato e de lavagem de dinheiro.
O advogado de Azeredo, José Gerardo Grossi, rebateu a acusação do ministro em plenário. A defesa não se pronunciou sobre esse recibo porque a denúncia não vincula esse recibo às acusações contra o senador Eduardo Azeredo. A denuncia não se utiliza desse recibo para fazer ligação de Eduardo Azeredo com os fatos denunciados, afirmou.
No julgamento, Joaquim Barbosa afirmou que o recibo está na denúncia e constava dos atos do processo. "Me limitei a relatar e não podia deixar de mencionar um documento que constava nos autos", disse o ministro.
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