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Sérgio Freitas da Silva, com o prêmio simbólico
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) premiou hoje (20) o especialista Sérgio Freitas da Silva, da unidade da CAIXA em Brasília - Representação de Desenvolvimento de Aplicativos de Brasília (REDEA/BR), pela ajuda nos testes públicos do sistema de votação que será utilizado nas eleições de 2010. O empregado destacou-se entre os 37 “investigadores”, como são chamados pelo TSE, que contribuíram com as sugestões mais relevantes para o aprimoramento do sistema eleitoral brasileiro.
Com a conquista do primeiro lugar, Sérgio recebeu uma premiação de R$ 5 mil. Em seu plano de ação, ele conseguiu captar interferências eletromagnéticas dos teclados da urna eletrônica, por meio do uso de aparelhos de rádio AM/FM. Pela captação, seria possível, em tese, detectar o voto do eleitor, pois cada tecla tem um som específico. Entretanto, o especialista classificou como improvável a possibilidade de violação do sigilo do voto do eleitor no dia de uma eleição, pois seria inviável captar interferências nas seções eleitorais.
O vice-presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, avisou que, apesar de a urna ter se mostrado segura, “os pontos que aparentemente mostraram uma certa debilidade serão fortalecidos”. “O sistema demonstrou ser absolutamente seguro porque foi testado por pessoas do mais alto gabarito técnico de todo o Brasil. Teremos a eleição de 2010 com a mais absoluta normalidade e tranqüilidade”, garantiu.
Para Sérgio, este é um exemplo de que a tecnologia, inclusive a segurança, deve ser enxergada de forma sistêmica e analisada como um todo, para que se consiga obter os melhores resultados. “Às vezes algo considerado muito seguro é exatamente um ponto vulnerável e, em termos de segurança, a melhor postura ainda é desconfiar e testar”, disse. “Nesses últimos anos, tenho contribuído com a Caixa em diversos aspectos relacionados à segurança e observado que a tendência da empresa é valorizar cada vez mais a segurança da informação e os profissionais dessa área”, completou o empregado, que já recebeu dois prêmios da Vice-Presidência de Tecnologia da Informação por trabalhos sobre as melhores práticas na área.
Foi a primeira vez que a Justiça Eleitoral possibilitou que o público em geral verificasse a confiabilidade do sistema, ou seja, se ele estaria sujeito a eventuais violações ou fraudes. Apesar de nenhum teste ter conseguido violar a urna e os programas, as idéias apresentadas pelos especialistas podem contribuir para o aperfeiçoamento tecnológico da votação. “as sugestões certamente contribuíram bastante e serão estudadas e implementadas.” Disse o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino.
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