Joaquim Barbosa: recibo que Azeredo diz ser falso está na denúncia
Nessa tarde, ao contestar a decisão do magistrado de aceitar denúncia contra ele por peculato (desvio de dinheiro ou bem público por agente público em função do cargo que ocupa), o parlamentar disse que move um processo na Justiça contra o suposto falsário do documento.
- Há fortes indícios da natureza criminosa da conduta (de Azeredo) durante sua campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais. Um recibo de R$ 4,5 milhões demonstra que o acusado tinha ingerência na área financeira e estava plenamente consciente de que a SMP&B e DNA Propaganda (empresas de Marcos Valério) estavam irrigando (a campanha). (É) Aparente a parceria com Marcos Valério e seus sócios para a suposta empreitada criminosa. Toda e qualquer prestação de serviços realizados no período da campanha tinha como cliente o próprio candidato - afirmou o ministro na primeira parte do julgamento, nesta quarta, ao aceitar a denúncia de peculato contra o senador tucano.
Ao contestar a veracidade do recibo que comprovaria a relação entre o parlamentar e as empresas de Valério, Azeredo disse que o documento tem "erros grosseiros de falsificação".
- Diz que o montante é para saldar compromissos, com saldar grafado com U - afirmou o senador.
- Não há uma única palavra da defesa do acusado sobre esse recibo de R$ 4,5 milhões. Esse recibo consta da denúncia, e a defesa silenciou-se completamente sobre ele - limitou-se a comentar Joaquim Barbosa no intervalo da sessão plenária que analisa se aceita denúncia contra Eduardo Azeredo por participação no mensalão mineiro.
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