terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Comunicado



MSM fará ato contra a Folha

Atualizado às 19h30m de 28 de novembro de 2009


Conversei com o diretor jurídico do Movimento dos Sem Mídia e concluímos que cabe, sim, à ONG assumir a responsabilidade pelo ato público convocado para o dia 5 de dezembro próximo diante do jornal Folha de São Paulo. Se algum estupro aconteceu nesse episódio da publicação de ataque à honra do presidente da República na edição de 27 de novembro de 2009 do jornal Folha de São Paulo, esse estupro foi do jornalismo.

O Movimento dos Sem Mídia foi criado para protestar contra mau jornalismo, e é mau jornalismo o que fez o jornal paulista no episódio da publicação de artigo injurioso do ativista político Cesar Benjamin, que afirmou que o presidente Lula teria lhe confessado que tentou estuprar um jovem durante a ditadura militar.

Eis os erros da Folha:

1. Não ouviu o lado acusado

2. Não ouviu gente ligada ao acusado e ao acusador.

3. Transformou uma acusação grave ao primeiro mandatário da nação em um julgamento sumário ao dar voz a um só lado.

4. Publicou a matéria acusatória de forma sorrateira – uma acusação daquelas perdida no meio de um texto enorme.

5. Deu curso ao julgamento sumário de uma acusação sem qualquer prova ao publicar cartas de leitores decretando a culpa do presidente da República, mesmo tendo permitido a defesa de outros leitores (mas só no dia posterior ao da acusação), como se ele estivesse em um julgamento, só que de um “crime” que, até prova em contrário, jamais existiu.

6. Diferiu de atitude em relação a Lula e a FHC em quase duas décadas, mostrando parcialidade.

O resultado dessa vergonha pseudo jornalística é um trauma moral – e que poderia (?) se tornar um grave prejuízo político – irreversível para o presidente da República, representante de toda essa maioria esmagadora de cidadãos brasileiros que votou nele e que, notoriamente, continua apoiando-o.

Em suma, se não preservou o direito daquele que foi acusado sem qualquer prova, o jornal fez exatamente aquilo que combate a ONG Movimento dos Sem Mídia.

Dessa maneira, reafirmo aqui, em nome do MSM, que, no próximo dia 5 de dezembro, às dez horas da manhã, acontecerá um ato público que poderá ser de meia dúzia de pessoas ou de várias centenas, como aconteceu em 7 de março deste ano por conta da tese do mesmo jornal de que a ditadura militar brasileira teria sido uma “ditabranda”.

Ao signatário deste blog isso não importa (a quantidade de manifestantes). Desta vez, limitar-me-ei a fazer aqui, durante a próxima semana, os comentários que achar necessários para que o ato aconteça.

O importante é que esse ato aconteça, que essa gente saiba que há cidadãos que não se deixam intimidar, que as reações a qualquer ameaça ao Estado de Direito ocorrerão por menos que sejam os que ousarem reagir, pois enquanto houver quem reaja eles saberão que poderão fracassar.

O que está em jogo, neste momento, são as verdades de cada um de nós, tudo aquilo em que acreditamos – ou tudo aquilo que dizemos que acreditamos. As omissões não pesarão aos poucos que se manifestarem, mas aos omissos, e omisso é quem acredita em alguma coisa e busca desculpas para não ter o trabalho de defender o próprio ideário.

Reitero, pois, que este que escreve cumprirá sua promessa de ir dizer, diante desse jornal irresponsável e ladino, tudo o que deve ser dito em alto e bom som. E o que me facultará fazê-lo, mais uma vez, será o megafone do Movimento dos Sem Mídia, aparato que eu e os que comungam com meus ideais já usamos tantas vezes.



Blogueiros-esgoto apostam na difamação de Lula



Enquanto tem quem ache que o assunto deste post está enterrado e que está tudo esclarecido, Noblat e o Esgoto continuam apostando suas fichas na história. Isso aínda vai render muito. Espero que antes do ato do MSM no próximo sábado.



Escrito por Eduardo Guimarães às 18h11

Nenhum comentário:

Marcadores