sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

ÊITA! DEU XABÚ NO NINHO TUCANO!

Presidente tucano no DF pede licença

LEANDRO COLON - Agencia Estado


BRASÍLIA - A revelação da existência de uma planilha de caixa dois da campanha do governador José Roberto Arruda (DEM) em 2006 derrubou hoje o presidente do PSDB-DF, Márcio Machado. Ele foi o autor do documento com o nome de 41 empresas que foram abordadas para ajudar, de maneira ilícita, a campanha de Arruda. O

documento contém o nome das empresas e, ao lado, valores que somam R$ 11 milhões. Ao lado do nome de várias das empresas há valores e a sigla "PG".



Pressionado pela cúpula do partido com a divulgação do documento

comprometedor, Machado pediu licença de 90 dias do cargo de

presidente regional do diretório tucano, mas dificilmente deverá

reassumir o cargo. Segundo a assessoria do PSDB, ele deve ser chamado a dar explicações na semana que vem e pode sofrer um processo disciplinar por causa da prática de caixa dois.



Após a campanha, Arruda nomeou Márcio Machado seu secretário de Obras. Por causa do escândalo do "mensalão do DEM", o PSDB exigiu que ele deixasse o governo na terça-feira. Segundo Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo e colaborador da Polícia Federal nas investigações, Machado era um dos "captadores" do caixa dois da campanha de 2006.



Por meio de seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, o tucano deu a versão de que esse manuscrito serviu apenas para projetar os pedidos de doações para a campanha de Arruda, mas não soube explicar, por exemplo, o que significa a expressão "PG" ao lado de 12 empresas, indicando que os recursos foram repassados.



Além das empresas e dos valores, a planilha traz uma coluna com dois saldos, um em dólar (US$ 342.900) e outro em real (R$ 243.500), além de duas listas de receitas e despesas, somando, juntas, R$ 2,2 milhões.



Cerca de 20 construtoras são citadas no documento, entre elas algumas que fecharam contratos com o governo de Arruda desde 2007. O manuscrito de Márcio Machado cita ainda pagamentos que teriam sido feitos a políticos. Aparecem os nomes de Fábio Simão, ex-chefe de gabinete de Arruda, e a sigla P.O, geralmente usada para mencionar o vice-governador, Paulo Octávio (DEM).

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