Segundo uma planilha apreendida pela Polícia Federal que chegou às mãos da procuradora, a Camargo Corrêa pagava propina a autoridades estaduais e municipais em vários lugares do Brasil para conseguir facilidades com contratos de obras realizadas com dinheiro público.
A procuradora da República em São Paulo Karen Kahn enviou representação ao Ministério Público Estadual de São Paulo na qual pede que o órgão aprofunde investigações sobre o suposto envolvimento de dois secretários da Prefeitura de São Paulo em um esquema para beneficiar a construtora Camargo Corrêa.
O secretário municipal de Habitação Elton Santa Fé Zacarias, teria intercedido pela construtora em uma obra em Paraisópolis e pela liberação de outra obra junto ao Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). Já o secretário municipal de Infra-Estrutura e Obras Marcelo Cardinale Branco teria ajudado a construtora em obras em Jurubatuba.
A Secretaria de Infra-Estrutura Urbana e Obras tem por finalidade programar, orientar e organizar projetos completos de obras viárias, assegurando sua execução; examinar o planejamento de obras e serviços que venham a ser realizados nas vias e logradouros públicos, aprovando e autorizando a ocupação das vias públicas; executar obras de recuperação estrutural e construção de pontes e viadutos; executar obras de edificações na cidade; executar obras de reparos e reformas gerais na cidade; manutenção preventiva e corretiva; autorizar obras que atendam a municipalidade e propor planos de drenagem para a cidade e implantá-los.
A instância mais elevada em nível de decisão na secretaria é o senhor secretário que é o administrador de empresas Marcelo Cardinale Branco, o qual assumiu a pasta no dia 11 de outubro de 2006.
Como a responsabilidade para investigar essas autoridades não é da Procuradoria da República em São Paulo, Kahn enviou os pedidos de investigações aos órgãos competentes para fazê-las. No caso da Prefeitura de São Paulo, foi solicitado que o Ministério Público Estadual investigue três obras nas quais a construtora teria conseguido facilidades por intermédio dos secretários.
NO GOOGLE
Embora cite as secretarias municipais envolvidas nas irregularidades, a Procuradoria em São Paulo afirmou que não vai divulgar os nomes das autoridades pelo fato de ainda serem necessárias as investigações complementares pedidas aos outros órgãos.
Para compor esse post, tive que recorrer ao GOOGLE.
A operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, investigou crimes financeiros e lavagem de dinheiro supostamente cometidos pela construtora Camargo Corrêa. Documentos que fazem menção a políticos que receberam propina da construtora também foram apreendidos durante a operação e enviados à Procuradoria.
A Camargo Corrêa, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que ficou sabendo das atuais denúncias por um comunicado publicado no site do Ministério Público Federal, sem que tivesse tido acesso a que elas se referem. A construtora diz que está “convicta da licitude de sua conduta e que espera ter acesso a essas informações para que possa fazer sua defesa”.
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