BELO HORIZONTE - O presidente da Câmara Municipal de Machado, no sul de Minas, político do DEM, através de sua mulher, recebeu dinheiro do Bolsa Família. O benefício foi criado para ajudar pessoas pobres, mas a família do vereador tem renda de mais de R$ 3 mil. Podem participar do programa, famílias com renda de até R$ 140, por pessoa. Por telefone, o vereador Paulo Sérgio Teodoro (DEM) informou que perdeu o cartão do Bolsa Família e que não sabia como pedir o cancelamento do benefício. A mulher dele, Márcia Aparecida Passos Teodoro, não foi encontrada para falar sobre o assunto.
Fato idêntico, também um com político do DEM, aconteceu no ano passado em Cassilãndia - MS
O presidente da Câmara de Vereadores de Cassilândia (MS), Rosemar Alves de Oliveira (DEM), foi acusado de receber o Bolsa Família no exercício do mandato. Como vereador, ele recebe R$ 5.572, não estando, portanto, enquadrado nos critérios de benefício do programa. Podem receber o benefício as famílias com renda mensal de até R$ 120 por pessoa. O vereador admite que sua família já foi cadastrada no programa, mas não recebe mais o benefício.
A denúncia, protocolada na própria Câmara de Vereadores de Cassilândia, foi apresentada pelo funcionário público Paulo Cesar Ramos. Na denúncia, o funcionário público anexou o que seria um documento do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome, datado do dia 27 de fevereiro daquele ano, em que aparecem os nomes da esposa do presidente da Câmara, Rosemar Barbosa Fernandes, o do próprio vereador e o de suas três filhas, de 10, 8 e 6 anos, como beneficiários dos programas sociais do governo federal.
O vereador disse que sua esposa se cadastrou no Bolsa Família no início do ano de 2009, quando a família passava por dificuldades financeiras. Ainda segundo ele, em razão da própria burocracia do programa, o pagamento do benefício, que seria de aproximadamente R$ 120, começou a ser feito cerca de quatro meses depois. Ele alega ainda que sua família teria recebido a bolsa por no máximo três meses.
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