Segundo ALI KAMEL, Governo de São Paulo (JOSÉ SERRA- PSDB) não tem culpa, apesar de não recolher o lixo, e de não disponibilizar política de urbanização e habitação popular.
"O ideal é nunca enfrentar o alagamento. Agora, se começar a passar e o carro apagar, você deve abandonar o carro no momento", alertou o gerente de oficina Paulo Malaman.
Durante os temporais, muita gente tenta enfrentar o aguaceiro a todo custo e o resultado disso pode ser desastroso.
Depois da tempestade, o estofamento e o assoalho de um carro vão ser trocados, ficaram encharcados. R$ 800 de conserto.
Outro teve pane elétrica. O dono se arriscou, como muitos motoristas fazem. Existe um limite para esse risco: é o meio da roda. Se a água estiver acima desse nível, é melhor esperar.
"O ideal é nunca enfrentar o alagamento. Agora, se ela começar a passar e o carro apagar, ela deve no momento abandonar o carro", alertou o gerente de oficina Paulo Malaman.
O lixo jogado na rua entope as bocas de lobo e aumenta os alagamentos. Mas o perigo maior para a vida das pessoas não aparece como a chuva mais forte do que o normal. Ele começa anos antes, quando famílias constroem suas casas em áreas de encostas ou ao lado de córregos. Lugares que não deveriam ser habitados.
A casa de Sônia está condenada. Ela mora numa área de risco há nove anos. Há pouco tempo, começaram as rachaduras.
"Eu acredito que uns 30 dias antes de cair. Foi o primeiro sinal. O segundo foi quando caiu o reboco e chegou a aparecer o conduíte", contou a vendedora Sonia Ramos.
Uma chuva forte levou o muro e a garagem para dentro do córrego. O coordenador da Defesa Civil de São Paulo, coronel Jair Paca de Lima, explica que muitas mortes poderiam ser evitadas se os moradores entendessem os alertas da própria casa.
"Por exemplo, portas e janelas que não fecham, trincas, rachaduras, afundamento de solo".
Mas é melhor prevenir. Nos soterramentos que provocaram nove mortes na quinta, na Grande São Paulo, o cenário era o mesmo. Terrenos íngremes, encharcados pelo esgoto clandestino e com plantações de bananeiras.
"É próprio da natureza da bananeira. Ela conserva a umidade e ela não enraíza no solo. Então ela fica uma planta fácil de se deslocar com qualquer movimento de solo", explicou o coronel Jair Paca de Lima.
Da varanda, a dona de casa Erisvana Cavalcanti vê tudo isso. As bananeiras, os canos e o terreno cedendo cada dia mais perto da casa, que ela chama de cantinho que Deus deu.
"Eu tenho medo de perder tudo. É tudo o que eu tenho".
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