Enquanto no campo do governo tudo parece dar certo, no campo da oposição é um desastre atrás do outro.
No Congresso do PT Dilma é aclamada candidata e já escolhe o estado-maior da campanha. Tesoureiro, coordenador, marqueteiro, tudo parece estar em marcha.
O cabo eleitoral, este já foi escolhido há muito tempo, e está afiadinho, afiadinho. Nesse quadro, a escolha do vice é apenas um detalhe menor.
Nas pesquisas, Dilma vem crescendo consistentemente, alimentando a argumentação de que é possível fazer uma eleição plebiscitária.
Já no campo da oposição, o inferno astral do governdor José Serra parece não ter fim.
Estacionado nas pesquisas em 35%, pouco mais ou pouco menos, Serra desperta suspeitas, até entre tucanos de alta plumagem, de que tenha atingido seu teto. Se Dilma continuar em tendência de alta, as coisas podem ficar feias.
E os problemas se acumulam.
Primeiro, São Paulo se afoga numa enchente atrás da outra, com mortos, desabrigados, desalojados. E explicações esfarrapadas.
Depois, o escândalo do mensalão do DEM sepultou de vez as articulações já iniciadas para fazer de José Roberto Arruda vice de Serra.
A campanha está desorganizada, sem comando, sem planejamento. Não tem tesoureiro escolhido, não tem coordenador, não tem marqueteiro.
Quanto ao vice, desmoronado o sonho de Arruda, todo mundo se volta para Aécio Neves, que foge do assunto como o diabo da cruz. Prepara-se para disputar o Senado.
E agora, como se não bastassem todos esses problemas, a Justiça ELeitoral cassa o mandato do prefeito Gilberto Kassab e sua vice, Alda Marco Antonio, por recebimento de doações ilegais na campanha de 2008.
Doações de concessionárias de serviço público ou de empresas ligadas a elas, e de sindicatos.
A decisão é de primeira instância, ainda cabe muito recurso.
Mas é uma encrenca de bom tamanho para o governador Serra, porque desarruma ainda mais a sua "casa" e é um prato cheio para a oposição a ele.
Dizem que inferno astral termina no dia do aniversário.
O governador José Serra faz aniversário dia 19 de março, dia de São José.
O que mais pode acontecer até lá?
Lúcia Hippolito
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