Brasília – A prisão do governador José Roberto Arruda (ex-DEM, hoje sem partido) causou impacto no meio acadêmico, em especial entre os cientistas políticos. O professor Edir Veiga, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destaca a "sinalização positiva" do Poder Judiciário, que teve "coragem em cortar a impunidade". Para Rodolfo Teixeira, da Universidade de Brasília (UnB), o episódio mostra que "pode haver limite para a impunidade".
"Aquela situação confortável foi colocada em xeque", disse Teixeira, fazendo referência ao comportamento da base aliada do governo na Câmara Distrital. “As instituições começam a funcionar”, avalia positivamente o acadêmico de Brasília.
Rafael Cortes, analista político da consultoria Tendências, avalia que a prisão de Arruda tem um “efeito simbólico substantivo” e repercute também no ambiente empresarial, lembrando que esta semana o governo anunciou o envio de um projeto de lei prevendo multa e fechamento de empresas que corromperem a Administração Pública.
O analista avalia que a prisão reforça a imagem negativa da classe política e da capital federal, “mas não agrava”. Já para Rodolfo Teixeira, a imagem dos políticos em Brasília “não é diferente de outros lugares”, citando como exemplo casos e denúncias de corrupção envolvendo o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (morto em 2009) e a atual governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB-RS).
Os tucanos, aliás, na avaliação dos cientistas políticos, poderão ser afetados com o episódio. “A oposição vinha usando, ainda que sem sucesso, o tema do mensalão ligado ao governo federal. Agora essa situação pode se inverter”, disse Amâncio Jorge, da USP.
“O antigo mensalão (de 2005) foi absorvido pela opinião pública. Esse novo (ligado aos Democratas, que mantém aliança com o PSDB) acontece mais próximo às eleições e quebra uma das pernas da oposição."
Além do cenário nacional, a crise no governo Arruda tem impacto imediato no quadro político do Distrito Federal. Para o cientista político David Fleischer, existe a possibilidade de “renovação” das cadeiras da Câmara Distrital, mas a ausência consumada de Arruda e a provável não candidatura do vice-governador Paulo Octávio (DEM-DF) devem “deixar o caminho totalmente aberto para a volta de (Joaquim) Roriz (ex-PMDB, atual PSC-DF)”, assinala, afirmando ainda que não sabe se o campo de centro-esquerda terá condições de lançar um candidato único e competitivo.
“vai haver pressão para que outras pessoas sejam punidas”. Em sua opinião, o ex-governador Roriz é atingido indiretamente, uma vez que o escândalo teria começado no governo dele, que antecedeu o de Arruda, afirma Rodolfo Teixeira.
"Aquela situação confortável foi colocada em xeque", disse Teixeira, fazendo referência ao comportamento da base aliada do governo na Câmara Distrital. “As instituições começam a funcionar”, avalia positivamente o acadêmico de Brasília.
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Já Amâncio Jorge Oliveira, do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP), confirma a repercussão da prisão fora de Brasília, mas tem dúvidas sobre o saldo da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou a prisão do governador. “Isso significa de fato um ponto de inflexão ou um factóide não sustentável?”, pergunta.Capelão não é autorizado a visitar Arruda
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Além do cenário nacional, a crise no governo Arruda tem impacto imediato no quadro político do Distrito Federal. Para o cientista político David Fleischer, existe a possibilidade de “renovação” das cadeiras da Câmara Distrital, mas a ausência consumada de Arruda e a provável não candidatura do vice-governador Paulo Octávio (DEM-DF) devem “deixar o caminho totalmente aberto para a volta de (Joaquim) Roriz (ex-PMDB, atual PSC-DF)”, assinala, afirmando ainda que não sabe se o campo de centro-esquerda terá condições de lançar um candidato único e competitivo.
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