Claudio Leal
Em conversa com Terra Magazine, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) avalia que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), precisa "oferecer segurança" à base aliada de que será o candidato do partido à presidência da República. Serra ainda não anunciou sua decisão, mas tem sido pressionado por lideranças tucanas para antecipá-la.
- São duas questões. A primeira é oferecer segurança à base aliada, confirmando taxativamente sua candidatura - diz o senador Álvaro Dias. - Talvez esteja faltando isso. Quanto à postura para o público interno, é absolutamente correta. O PT tem feito uma antecipação da campanha. O PSDB fez várias representações denunciando o crime eleitoral. Não poderíamos fazer um discurso e adotar outra prática. O mal é que essa legislação está sendo ignorada.
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Indagado se o governador Serra também não faz propaganda antecipada com a publicidade estatal, Dias responde que campanhas institucionais não têm finalidade eleitoral e se dirigem apenas a São Paulo. Confrontado com o fato de a Sabesp (Companhia de Saneamento de São Paulo) ter realizado comerciais em rede nacional, em 2009, o senador afirma: "Eu não tenho visto".
- O que afronta a legislação é o presidente da República falar de sua candidatura em inauguração oficial e fazer comício. Enfim, é uma afronta aberta à legislação eleitoral. O governador (José Serra) está sendo criticado porque não se apresenta como candidato. Ou seja, há uma contradição dos que dizem isso. Se ele não é candidato, é evidente que ele está respeitando a lei - justifica.
Dias deve coordenar a campanha presidencial do PSDB no Sul do País, a pedido do presidente da legenda, Sérgio Guerra. Para o congressista paranaense, o "PT é um exemplo de desrespeito à lei e a população tem que observar o que está ocorrendo": o uso da máquina estatal a favor da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Terra Magazine
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